11 bebês recebem soro para picada de cobra em vez de vacina para hepatite B em SC
Hospital Santa Cruz de Canoinhas, em Canoinhas (SC), disse que o soro e a vacina têm rótulos parecidos

Onze recém-nascidos receberam, por engano, soro antipeçonhento (soro antibotrópico) no lugar da vacina contra hepatite B.
O caso ocorreu entre 9 e 11 de julho no Hospital Santa Cruz de Canoinhas, em Canoinhas, Santa Catarina, e foi confirmado em 14 de julho pela Secretaria de Saúde de Canoinhas.
O soro, fabricado pelo Instituto Butantan, é destinado ao tratamento de pacientes picados por jararaca, jararacuçu, urutu, jararacapintada, caiçaca e outras serpentes do gênero Bothrops. A equipe aplicou uma dose de 0,5 ml em cada bebê, enquanto o tratamento contra picadas normalmente requer de 30 ml a 120 ml, dependendo da gravidade.
O hospital informou que nenhum dos recém-nascidos apresentou reações adversas. Todos permanecem estáveis, fora de internação, e estão sob acompanhamento da Vigilância Epidemiológica e de uma equipe multidisciplinar.
O erro, segundo a direção do hospital, foi provocado pela semelhança dos rótulos dos frascos da vacina e do soro, ambos do mesmo laboratório. O hospital abriu uma sindicância interna para apurar as responsabilidades.
Embora o Hospital Santa Cruz seja uma instituição filantrópica, ele possui convênio com o município, e parte de seus atendimentos são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A prefeitura de Canoinhas anunciou a contratação de uma auditoria externa para investigar o ocorrido.