13 vinícolas gaúchas investigadas por adulteração

Notícia atualizada em 03.05.14, às 13h20

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou, em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira, em Porto Alegre, a lista das 13 vinícolas gaúchas investigadas por adulteração de vinho – em um dos casos foi comprovada adulteração em um coquetel feito à base da bebida. Nas amostras, foi constatada a presença natamicina, um antibiótico e antifúngico que auxilia na conservação do produto, mas é proibido por lei. O ministério identificou a irregularidade após mostras terem sido coletadas no ano passado, em uma operação conjunta com a Secretaria da Agricultura (Seapa). Das 13 investigadas, uma é do Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves. As demais têm sede em Antônio Prado, Caxias do Sul, Farroupilha e Flores da Cunha.

Segundo o Mapa, a descoberta se deu por meio da fiscalização realizada no final do ano passado. No total, foram recolhidas amostras de 53 empresas produtoras de vinho e analisadas pelo Laboratório Nacional Agropecuário do Estado (Lanagro-RS). Em abril deste ano, foram colhidas novas amostras, mas o laboratório responsável ainda não concluiu as análises.

Após o recebimento do laudo com os resultados, ainda segundo o ministério, as empresas envolvidas foram novamente visitadas pela fiscalização, ocasião em que foi lavrado auto de infração, apreensão dos lotes com resultado positivo e novas colheitas de amostras de lotes ou bebidas que não tinham sido amostrados inicialmente. As empresas envolvidas foram intimadas a recolher do mercado os lotes com resultado positivo.

Informações do Mapa dão conta de que o prazo para apresentação da defesa pelas empresas já foi aberto e o processo será julgado em primeira instância. A partir do julgamento, as indústrias poderão recorrer, levando o processo à segunda instância. Após o encerramento do procedimento administrativo, cópias dos processos serão encaminhados ao Ministério Público do Estado do Rio Grande Sul. Ainda não há data para o julgamento.

Nota do Ibravin

O Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) emitiu nota na última quinta-feira, dia 1º, sobre as suspeitas de adulteração. No documento, a entidade diz desconhecer formalmente o problema e que, se há denúncias de irregularidades, cabe aos órgãos responsáveis investigar, punir os responsáveis e orientar o setor. “A fim de não prejudicar a reputação da cadeia produtiva vitivinícola brasileira que, em sua maioria, desenvolve um trabalho sério e comprometido com a qualidade e com sua própria sustentabilidade econômica e social”, justifica.

Números

Segundo o Ibravin, o setor produtivo da uva e do vinho no Rio Grande do Sul envolve 15 mil propriedades vitícolas e 735 vinícolas com cadastro ativo. As informações são dos Cadastros Vitícola e Vinícola, ferramentas de monitoramento da produção da uva e do Vinho mantidas pelo Ibravin em parceria com a Embrapa Uva e Vinho, com a Seapa/RS e com o Mapa.

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