Entre essa segunda-feira, 23/11, e esta terça-feira, 24/11, 15 árvores foram cortadas do centro de Bento Gonçalves. Os exemplares de pitangueira, ipê-amarelo, pau-leiteiro, murta, guavirova, chai-chai, canela e araçá estavam localizados em um terreno particular próximo à Casa Geisel, na rua José Mario Mônaco, em frente ao Hospital Tacchini. A atitude gerou revolta de representantes da Associação Ativista Ecológica (AAECO), os quais utilizaram as redes sociais para se posicionar sobre o assunto. “Nos países desenvolvidos, pontes e edifícios são desviados para evitar cortes de árvores. O atraso aqui é gritante”, comentou a associação em nota.
Ainda conforme a AAECO, o local pertence à Universidade de Caxias do Sul (UCS) e foi locado para a construção de um estacionamento. “O engenheiro que fez o projeto não teve nenhuma sensibilidade com as árvores, prevaleceu a técnica do aproveitamento máximo de área”, continuou a associação. De acordo com o secretário-geral da ONG, Gilnei Rigotto, o projeto deveria ter, ao menos, preservado as árvores que estavam na divisa do terreno.
De acordo com a secretaria municipal de Meio Ambiente (SMMAM), o corte foi autorizado após análise do local, com exceção de uma magnólia, que é tombada por decreto municipal. “O responsável terá que realizar a reposição de 225 mudas de árvores, conforme determina a legislação ambiental, em área já determinada”, afirmou a pasta em nota.
Entretanto, a AAECO contrapõe que essa reposição será feita no campus da UCS de Bento, "e nesse ponto já observamos várias mudas serem plantadas com total desleixo e sem acompanhamento técnico". "Salve-se quem puder. Lucro acima de tudo. Quente os dias de hoje né… cortem mais árvores…", finaliza a nota.