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Os primeiros passos dos pequenos rendem boas doses de preocupação. São tombos e mais tombos que assustam, deixando os pais o tempo todo de mente atenta e olhos arregalados. Para este processo, não há uma regra. Há bebês que engatinham por um bom tempo, outros já aprendem direto a se erguer apoiando nos móveis. E também não há idade certa. De acordo com o pediatra José Gabel, do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), os primeiros passos podem acontecer até 1 ano e meio do bebê.
A única certeza é que as quedas irão acontecer, e disso não podemos poupar os pequenos. Mas é possível fazer com que o ambiente esteja mais seguro para que não causem nenhuma consequência.
A vontade de evitar que qualquer acidente aconteça acaba gerando muitas dúvidas. Conversamos com especialistas que nos deram respostas rápidas aos questionamentos mais comuns.
DÚVIDAS
1 – O andador ajuda o bebê a dar os primeiros passos?
Não. Sérgio Furuta, pediatra e professor da Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo (FACIS), explica que o andador não estimula a criança a ficar ereta ou equilibrada, pois na maioria das vezes fica apoiada ao objeto. Ele também alerta para o perigo de acidentes, já que o andador pode atingir alta velocidade. “É considerado o produto infantil mais perigoso, seguido pelos playgrounds”, reforça Talita Rizzini, coordenadora Pediatra do Hospital Leforte Liberdade.
2 – Deixo descalço ou acostumo aos sapatos?
Segundo Talita, o melhor é deixar que o bebê desenvolva sua habilidade de andar sem sapatos e meias, mesmo aquelas antiderrapantes. “Colocar sapatos para dar maior estabilidade para a criança pode parecer ajudar em um primeiro momento, mas na verdade não está permitindo que o cérebro aprenda a dar conta do recado sozinho”, justifica.
3 – O que preciso mudar em casa?
É interessante colocar aqueles tapetes de borracha tipo EVA nos ambientes onde os pequenos mais ficam. Além disso, os pais devem colocar protetores de quinas, travas nos armários e não deixar objetos com potencial de virar sobre o bebê à altura deles. “Muita atenção para toalhas que podem ser puxadas e objetos pequenos que podem ser engolidos”, completa Talita. O mais importante é sempre ter um adulto por perto, já que nem o bebê e nem os pais sabem quais são os limites.
4 – Há algum piso contraindicado?
Para os pisos, a regra é a estabilidade. Aqueles extremamente encerados e escorregadios representam perigo, tanto quanto locais macios ou com almofadas no chão.
5 – Qual o melhor jeito de auxiliar o bebê nas tentativas de andar?
Segundo Sérgio, outro cuidado está no modo como você ajuda seu filho. Nunca segure a criança puxando os braços, pois este movimento pode deslocar o osso do cotovelo da criança, causando muita dor.