Pelo menos três hospitais existiram em Bento no passado, mas apenas um deles permaneceu com as portas abertas até hoje. São vários os motivos que levaram o Hospital Tacchini a ser referência para, pelo menos, duas dezenas de cidades ao longo de seus 90 anos de história, mas o principal deles, certamente, foi a dedicação incansável de um homem: Armando Piletti. No último dia 2, o superintendente completou meio século de trabalho no local que é considerado sua segunda casa, embora muitos até acreditem que seja seu principal lar.
Sua história dentro da empresa é marcada por conquistas. Piletti iniciou suas atividades no almoxarifado do hospital, no ano de 1965, e foi nesse cargo que começou a se destacar. Perseverante, logo foi promovido para trabalhar no escritório, como era chamada a parte administrativa e onde, em um só lugar, concentravam-se todas as demais áreas de gestão. Em sete anos, ele foi convocado ao seu primeiro grande desafio: assumir a gerência administrativa do então hospital Walter Galassi, onde permaneceu por dois anos. Com experiência e percepção, voltou ao Tacchini para assumir o posto de administrador da instituição, cargo que exerce até os dias atuais, ou seja, há 41 anos. Casado com Ana Maria, Piletti é pai de Evandro, Guilherme e Marcelo.
Em setembro do ano passado, em um dos eventos da série que marcou os 90 anos do Tacchini, Piletti emocionou funcionários, conselheiros e amigos em seu discurso. “Dediquei a minha vida ao hospital. Em todo o momento que estive aqui, não faltaram esforços e força de vontade. Posso dizer que profissionalismo não é o suficiente para administrar um hospital: é necessário paixão. E ver as pessoas sendo bem atendidas, recebendo serviços de qualidade é a grande vitória de qualquer gestão. Vocês podem ter certeza que, a cada dia, a cada ano, em todos os momentos, procuramos respostas mais adequadas à população. Nosso propósito é que a saúde encontre seu melhor caminho e assumimos o compromisso de lutar por isso. Afinal, quanto mais melhoramos, mais necessidades surgem e estamos preparados para sempre fazer o melhor”, disse, na ocasião.
Atualmente, Piletti está afastado de suas atividades para tratamento de saúde.
Depoimentos
“Falo, sem medo de errar, sobre a pessoa que vejo em Armando Piletti. Deixo de lado os títulos e láureas que ele já recebeu por méritos ao seu trabalho, mesmo porque, ia tomar muito espaço. Desde que o conheço, sempre mostrou-se um homem profissional, alguém que luta e defende o que faz, com comprometimento, dedicação, ética e honestidade. Já o vi bater forte na mesa para impor sua liderança e defender as causas que envolvem o Tacchini, mas também já o vi chorar pelas conquistas obtidas. Com certeza, muitas foram mais em prol do nosso Tacchini do que pelo lado pessoal. Arrisco dizer que até dormindo o hospital aparece em seus sonhos, tamanha a sua preocupação com a instituição e o seu desejo de vê-la cada vez maior, cada vez melhor.”
Antônio Stringhini, presidente do Conselho do Hospital Tacchini
“Para mim, o convívio diário com Armando Piletti é uma verdadeira escola. Cada dia eu aprendo mais. Devo muito e agradeço a ele por esta oportunidade de partilhar todos os dias fatos e acontecimentos que colaboram para o crescimento do hospital da nossa comunidade. Ele sempre dedicou-se inteiramente aos trabalhos do hospital, inclusive nos fins de semana e nos feriados. O que ele significa para o Tacchini? Sem dúvida, sua essência e seu valor não estão em seu cargo e sim nas batalhas vencidas. Ele é uma pessoa carismática, que sabe cativar a todos com a sua humildade, sabedoria e simpatia. Nesta data tão especial, oferto todo o meu carinho e admiração, e que Deus o abençoe cada vez mais, assim como à sua família e todos aqueles que lhe são muito importante. Parabéns!”
Margaret Donadel, secretária de Piletti e sua administração há mais de 23 anos
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