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“A Assembleia tem mecanismos para fazer um bom trabalho”, afirma deputado professor Claudio

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Professor de Pós-Graduação da Faculdade da Serra Gaúcha, professor Claudio foi eleito deputado estadual pelo Podemos com 33.709 votos

Foto: Celso Izolan Júnior/Divulgação

Formado em Ciências Econômicas pela Universidade de Caxias do Sul e com Mestrado em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Claudio Maximiliano Branchieri, ou professor Claudio, é acostumado com as salas de aula. Foi professor de graduação em Ciências Econômicas por 18 anos e atualmente é professor de Pós-Graduação da Faculdade da Serra Gaúcha.

Contudo, para além das salas de aula, o professor Claudio decidiu enfrentar um novo desafio. Foi eleito para seu primeiro mandato como deputado estadual pelo Podemos com 33.709 votos. Sua maior votação foi em sua cidade natal, Caxias do Sul (19.063), seguida de Flores da Cunha (1.781), Farroupilha (849), Garibaldi (416) e Carlos Barbosa (604).

De acordo com o professor Claudio, o convite para concorrer a deputado estadual partiu do Deputado Federal Mauricio Marcon. “A gente traçou um plano de como seria a campanha, com poucos recursos, sem usar dinheiro público do Fundo Eleitoral, essa era a premissa básica”, afirma.

Professor Claudio garante que a preparação foi tranquila, com uma equipe pequena. “O gabinete de gestão de campanha tinha cerca de oito pessoas, todos próximos, só contratamos uma pessoa para cuidar da comunicação”, relata.

Além do mais, ele afirma que durante a trajetória a equipe já tinha algumas métricas que permitiam antever o resultado da eleição. “Um dia antes da eleição a gente já tinha a estimativa de votos que iria fazer, imaginávamos fazer algo em torno de 35 mil votos para deputado estadual e o Marcon cerca de 150 mil votos para deputado federal, chegamos bem perto”, comemora.

Está é o primeiro cargo público que o deputado estadual exerce. Por isso, quando questionado sobre qual a expectativa, ele responde que a melhor possível. “Muitos deputados alertam que a gente chega com ‘gás’, mas depois a gente vê que o Legislativo tem sua própria velocidade e acaba se decepcionando um pouco, mas não é meu caso até agora, tenho sentido que a Assembleia tem mecanismos e instrumentos para fazer um bom trabalho e entregar resultado para a população gaúcha”, garante.

Além disso, ele acrescenta que espera que o ânimo inicial perdure. “Espero que o entusiasmo inicial não se esmoreça ao longo do tempo, mas tenho certeza de que isso não vai acontecer, então a gente espera fazer um grande mandato”, afirma.

Demandas da Serra Gaúcha

professor Claudio acredita que a Serra Gaúcha sempre foi esquecida pelos governos estaduais, por isso, espera reverter este cenário. “Não sei se é porque a Serra sempre foi muito pujante, a percepção da Capital e dos legisladores e do próprio executivo é de que a Serra anda sozinha, como aquele filho bem-sucedido que você não precisa olhar muito porque ele faz as coisas acontecer”, analisa.

Ainda assim, ele afirma que a região da Serra Gaúcha tem muitas demandas represadas, como qualquer outra região do Rio Grande do Sul. “Acho que a principal demanda da Serra é esse aspecto do esquecimento. Então, vamos estar lá para lembrar o Executivo que a Serra existe e que ela tem demandas importantes e que a gente tem que ser atendidos”, pontua.

Outro ponto abordado pelo deputado é quanto a melhoria do ambiente econômico, da qual o professor Claudio afirma ser o núcleo central do mandato. “Nosso mandato também vem nesse sentido, para ajudar o ambiente econômico da Serra a melhorar, para que as empresas não vão embora. A Serra está perdendo muito investimento para os nossos vizinhos de Santa Catarina e Paraná por falta de condições logísticas, pelas autarquias do Estado estarem sempre sufocando através de fiscalização, de regulações a iniciativa privada, então a gente vai atuar para resolver esses gargalos”, afirma.

Relação com Eduardo Leite

Sobre a relação com o governador reeleito, Eduardo Leite (PSDB), professor Claudio afirma que fará apoio crítico. “Ou seja, não vamos votar tudo que o governo manda cegamente porque o Podemos é base do governo. Eu não fui base do governo, não apoiei o Leite na reeleição, meu candidato era o Ônix Lorenzoni”, afirma.

Entretanto, o deputado estadual garante que teve boas impressões quanto ao governador. “A partir do momento em que fui eleito e mergulhei para conhecer mais sobre o que tinha feito e como o Estado se encontrava, são as melhores impressões possíveis, o governo estadual fez reformas importantes no primeiro mandato do executivo e o Estado está pronto para avançar”, analisa.

Professor Claudio também avalia que a ideia de responsabilidade fiscal clara partindo do Eduardo Leite vai de encontro com os ideais que ele acredita. “Não tem como ter um Estado próspero com irresponsabilidade fiscal”, afirma.

Relação com o deputado federal Maurício Marcon

Eleito na dobradinha com o deputado federal Maurício Marcon, professor Claudio garante que a relação entre ambos é a melhor possível, principalmente porque ambos têm as mesmas ideologias partidárias.

“É uma relação muito umbilical, a gente se identifica muito, somos antipetistas radicais, praticamente não há ponto de convergência e de diálogo com essa turma da esquerda, pelo menos no que diz respeito às questões de costumes, nas questões econômicas um ou outro ponto de debate pode haver, mas é muito frágil essa convergência”, revela.

O deputado estadual também afirma que outros pontos em comum é que ambos são contra a liberação do aborto e das drogas. “Além disso, somos a favor da liberdade econômica, da liberdade de autodefesa, da liberdade irrestrita de expressão, porque a gente entende que a liberdade de expressão é pilar fundamental da democracia, então a nossa identificação é plena”, garante.

Por fim, o deputado afirma que a população da Serra Gaúcha poderá contar com ele através de um representante que terá a missão de circular por toda região, ouvindo as demandas da população e levando até o gabinete.

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