O Bento Gonçalves Futsal (BGF) encerrou a sua participação na Série Ouro 2015 com apenas seis jogadores remanescentes do elenco que iniciou o campeonato e a consequente modesta tarefa de evitar placares vexatórios diante de oponentes com investimento superior. Apesar de todas as dificuldades, no entanto, o presidente Alcindo Somensi avalia positivamente a temporada, com os obstáculos extraquadra superados e os objetivos, dentro das quatro linhas, cumpridos.
Em relação a 2014, o time avançou, passando do 10º para o 8º lugar na principal competição do salonismo gaúcho. A meta traçada no início da temporada, de acordo com Somensi, foi alcançada. “Atingimos o primeiro objetivo, que era classificar entre os oito. O resto foi lucro. Não podemos esquecer, também, que conquistamos um título – Copa Metro-Serra –, o primeiro da história do clube”, enfatiza.
Administrativamente, o maior obstáculo foi a impossibilidade de contar com recursos do Programa de Incentivo ao Esporte do Rio Grande do Sul (Pró-Esporte/RS), que ficou paralisado nos primeiros oito meses do ano por conta do contingenciamento nas contas do Estado. O clube projetava a lei de incentivo no orçamento para manter o plantel até o final da temporada ou repor possíveis baixas, que acabaram acumulando e incluíram, também, o maior artilheiro da história do BGF, o pivô Silon Júnior, assediado pelo futsal italiano. No momento mais difícil de 2015, a direção optou por complementar o plantel com atletas das categorias de base ao invés de buscar reforços à altura das baixas sofridas, uma decisão que deixou o time sem perspectivas na segunda fase da Série Ouro, mas com as contas em dia, segundo Somensi. “A casa está organizada; o próximo presidente assumirá um clube sem dívidas, zerado”, ressalta.
O planejamento para 2016 será traçado somente após a eleição que definirá o novo presidente, prevista para ocorrer na primeira quinzena de dezembro. Somensi já antecipou que não pretende estender o seu mandato, porém, adianta conversas com atletas e a atual comissão técnica no intuito de realizar uma transição propositiva com o próximo mandatário, que assumirá no dia 1º de janeiro. Além da renovação de contrato com o técnico Vaner Flores, ele também sugere a formação de uma equipe Sub-20 como base para o grupo principal, considerando a estimativa de manutenção das dificuldades financeiras a curto prazo. “Claro que o novo presidente decidirá qual linha seguir, mas vamos dar algumas indicações dentro daquilo que acreditamos ser o ideal para o clube no momento. Eu imagino que deva ser feito algo com os pés no chão, de novo. Acredito que a base tenha que ser ampliada e ainda mais valorizada do que foi neste ano. Tivemos vários meninos no time adulto, e a minha opinião, para 2016, é que se invista em uma categoria Sub-20 forte e que ela seja o alicerce para a equipe principal”, salienta.
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