A cidade da meia transparência

A primeira sessão extraordinária da Câmara 2011, além de onerar os cofres públicos (os vereadores recebem 20% dos seus subsídios mensais a cada convocação extra) deixou claro que a votação dos projetos que chegam à Casa nem sempre ocorre com o devido rigor esperado. Mais de um vereador admitiu que errou ao votar no projeto de lei 5.175, em 27 de dezembro de 2010, que tratava sobre a polêmica incorporação de 20% no salário dos servidores em cargos de confiança.  A sessão ocorrida na última terça-feira, 11 de janeiro, foi convocada pelo prefeito Roberto Lunelli para votação de 14 projetos em regime de urgência. O destaque, porém, era por conta do que revogava dois artigos da lei citada anteriormente.

O primeiro a manifestar-se foi o vereador Mário Gabardo, que classificou como gravíssimo o erro cometido ao aprovar o projeto de Lunelli. “Muitos projetos chegam às nossas mãos de última hora, sem tempo hábil para uma análise detalhada. Este novo projeto, por exemplo, só chegou às minhas mãos na tarde de segunda-feira, sendo que desde sexta-feira eu estava aqui no município e poderia tê-lo recebido a tempo de examiná-lo melhor. Querem que votemos algo que não sabemos ao certo quantas pessoas beneficiará e muito menos o quanto isso custará em longo prazo para o município, uma vez que a incorporação também tem reflexos na aposentadoria destes servidores”, observa.   

Gabardo chegou a pedir vistas do projeto, para que os vereadores examinassem com mais cautela os dispositivos e votassem a proposta ao longo do ano. “Não vejo urgência na votação da matéria. Ela poderia esperar até março ou abril. Não havia necessidade da convocação de uma extraordinária para esta votação. É um gasto público desnecessário”, alerta. Seu pedido foi negado por unanimidade.

Leia a matéria completa na edição desta-sexta-feira.

 

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