A educação e os processos para o resgate do lado humano das pessoas


 

Em meio ao ritmo desenfreado imposto pelo cotidiano do Século XXI, a humanidade é surpreendida pela pandemia do coronavírus e a ordem social mundial se curva perante um novo cenário. Num mundo globalizado, a crise no campo da saúde afeta a todos os povos e nações. A sociedade, como um todo, entra em colapso, pois a ameaça à saúde tem reflexos multifacetados, exigindo mudanças repentinas nas relações que constituem o tecido social, político e econômico que regem a vida humana. E, nesse “novo cotidiano”, inúmeras e profundas são as preocupações voltadas à educação em todos os níveis, desde o infantil às universidades.

As novas tecnologias da informação, as novas concepções de mundo e das relações humanas têm desafiado todos os setores da sociedade, gerando um novo perfil de ser humano, com comportamentos e necessidades desencadeadas pelo momento pandêmico, em especial pelo isolamento social. Assim, como consequência de um cotidiano permeado pela insegurança, medo, ameaças, dificuldades das mais diversas ordens, temos observado que o ser humano de todas as idades potencializou sentimentos e atitudes que já estavam presentes nas relações humanas, ou seja, se tornaram indivíduos ainda mais inseguros, pouco empáticos, fragilizados emocionalmente nesse novo normal, realidade que exige a reconstrução e reinvenção da convivência e interação.

Diante desse “novo normal”, a educação surge como um dos processos essenciais para o resgate do humano no ser humano. Tão relevantes são esses aspectos que, anterior à pandemia, a formação socioemocional e a gestão das emoções já despontava como um dos grandes pilares para os processos educativos nas últimas décadas. 

A Base Nacional Comum Curricular (2018) já anunciava as competências socioemocionais como essenciais a serem desenvolvidas na Educação Básica. Assim, para a promoção de processos educativos que incluam a educação socioemocional nos currículos escolares, se faz necessária à formação de educadores, profissionais que desenvolvam uma alta performance enquanto mediadores da formação e desenvolvimento de habilidades e competências para o desenvolvimento da autonomia intelectual e emocional de seus educandos para que sejam capazes de gerir suas emoções para um desenvolvimento empático, responsável e resiliente, com autoconfiança e cooperação para a conquista da estabilidade emocional construídas na empatia, dialogicidade e convivência pacífica com amorosidade.

É nesse contexto que a Especialização “Pedagogia Emocional: competências socioemocionais nos processos educativos” se constitui numa importante oferta da UCS para a formação de profissionais que venham a alavancar a  reinvenção dos processos educativos, sob o viés da formação humana cognitiva e socioemocional. Tais habilidades são expressas nas diferentes disciplinas que compõem a grade curricular do Curso: A história das emoções na educação, O humano e as emoções: inteligência socioemocional, Emoções e sentimentos morais, Dialogicidade, flexibilidade educativa e o direito a aprender, Psicologia e aprendizagem: contribuições da psicologia positiva, Pedagogia emocional e mecanismos de aprendizagem, Experiências em aprendizagem emocional, Pedagogia do amor e da alegria, Educação, emoção e espiritualidade, Ética profissional e relacionamento interpessoal, Pedagogia e o cuidado de si e Inteligência socioemocional aplicada: intervenções em cotidianos educativos.

A grade curricular expressa os fundamentos e o design reflexivo da proposta do curso para o aprimoramento docente em nível de especialização para que seja possível redesenhar a relação pedagógica sob o olhar da complexidade das relações e das novas características da humanidade em que o equilíbrio pessoal e social é fundamental.
 

Enviar pelo WhatsApp:
Você pode gostar também