A emoção de vivenciar a Copa bem de perto

De acordo com a Fifa, organizadora da Copa do Mundo no Brasil, até a última quarta-feira, dia 18, 2.961.911 bilhetes foram vendidos entre 3,1 milhões colocados inicialmente à disposição para o evento. Ao todo, houve 11 milhões de solicitações de compra de ingressos. Neste montante, diversos bento-gonçalvenses conseguiram adquirir as entradas para o mundial. E todos estão em êxtase e emocionados em participar deste momento único na história do país. O SERRANOSSA conversou com quatro deles. Ao lado de suas famílias, eles vivenciaram ou irão viver de perto toda a magia que o evento promete proporcionar até para aqueles que não curtem futebol.


Promessa cumprida: ela assistiu à Copa do Mundo grávida

Há quatro anos, Natália do Nascimento Mieznikowski Pinto ouviu do seu marido, João Paulo Nascimento e Silva Pinto, a seguinte frase: “Vou te levar assistir à Copa do Mundo do Brasil grávida”. Essa foi uma resposta para os inúmeros pedidos dos amigos e familiares para o casal “providenciar” um herdeiro. Promessa feita, promessa cumprida. No último final de semana, o casal assistiu à partida entre França e Honduras, em Porto Alegre, à espera do Murilo. Não bastasse esse jogo, eles ainda irão assistir às disputas entre Argentina e Nigéria e Austrália e Holanda. No primeiro jogo, Natália teve também a companhia do pai, o vereador Clemente Mieznikowski, da mãe, Cenira, e de outros familiares. O jogo foi inesquecível. “Foi muito além das expectativas, pois o clima era de alegria e confraternização entre diferentes povos e nacionalidades. Inclusive de convivência pacífica entre colorados e gremistas no estádio”, garante. “Além disso, conversamos com australianos, hondurenhos, franceses e salvadorenhos. Todos estavam muito felizes e encantados com o povo brasileiro, o clima era de festa total”, conta Natália.

Lugar garantido em todos os jogos em Porto Alegre

Michele Regina Lemes Tremarin, o marido, Marcelo, e os filhos, Matheus e Murilo (foto acima), são apaixonados por futebol, especialmente pelo Grêmio. A família inteira assiste a praticamente todos os jogos do tricolor gaúcho. A paixão pelo time é a mesma que pelo esporte em si. Por isso, logo que os ingressos para a Copa do Mundo foram colocados à venda, a família se inscreveu para comprar entradas para, pelo menos, oito partidas do mundial junto com um grupo de amigos. E eles tiraram a sorte grande. Ao contrário dos amigos, que não foram sorteados, a família Tremarin garantiu lugares para as quatro partidas que irão ocorrer em Porto Alegre. No último domingo, viveram a primeira e inesquecível experiência de assistir ao jogo entre França e Honduras.Ainda entusiasmada com a emoção da partida, que ela julga indescritível, Michele conta que o fato de conhecer outras culturas e confraternizar com torcedores de diferentes camisas em uma só festa é algo inesquecível e uma oportunidade ímpar. “Quando chegamos a Porto Alegre, deixamos nosso carro estacionado em um shopping que fica a dois quilômetros do estádio. Esse trajeto fizemos a pé e foi muito legal. Senti como se estivesse em uma procissão internacional”, conta, aos risos. “Era uma mistura de pessoas e línguas diferentes, todos caminhando vagarosamente. A cada pouco, todos paravam para se fotografar ou cantar e dançar, misturando todas as torcidas e todas as culturas em uma alegria sem igual”, descreve.Durante o jogo, ela fazia coro com os torcedores da França, contrariando a maciça torcida a favor de Honduras formada por brasileiros que assistiram ao jogo no estádio. “A alegria dos franceses contagiava. Nesta semana, quando deixei o Murilo na escola, me despedi cantando ‘Aleleblê’, parte da música que eles entoavam no jogo. Ele me olhou e saiu cantando também. É muita alegria dividir esse momento feliz e inesquecível com as três pessoas que mais amo na vida”, conclui.

A expectativa para assistir à grande final

Um lugar na grande final do Mundial no Brasil é o sonho de qualquer brasileiro apaixonado pelo esporte. Dos quase 75 mil torcedores que terão essa oportunidade, pelo menos três são de Bento Gonçalves. Luis Carlos Gamba, de 65 anos, a esposa dele, Vera Lúcia, e um dos filhos do casal, Luciano, que reside em Los Angeles há mais de dez anos, já estão com os ingressos em mãos para assistir à grande final no Maracanã, no Rio de Janeiro. A oportunidade de estar no jogo mais importante do campeonato mundial surgiu pois Luciano trabalha em uma empresa ligada à Fifa, que distribui alguns ingressos para parceiros comerciais. O filho não pensou duas vezes e presenteou seus pais com as entradas. No dia 5 de julho, Gamba e sua esposa embarcam para a capital fluminense. “Nunca contei os dias para nada. Mas desde que fiquei sabendo que irei assistir à final, estou contando até os minutos”, revela. A ansiedade também está lado a lado com a expectativa de que o Brasil chegue à grande final. “Já pensou assistir ao hexa? Seria a melhor coisa do mundo”, empolga-se Gamba, que quer a Alemanha como adversária. “Mas, se não forem os alemães, podem ser os nossos ‘hermanos’ Argentinos. Eu gosto deles”, diz, aos risos.

Ele quer assistir a uma revanche nas oitavas

O analista de engenharia Pablo Rockenbach, de 27 anos, ainda não engoliu a eliminação do Brasil para a Holanda, na Copa de 2010, realizada na África do Sul. E, se pudesse escolher, essa seria a revanche que ele gostaria de assistir na Copa do Mundo em solo nacional. Brincadeiras à parte, Rockenbach quer mesmo é aproveitar. Ele é outro bento-gonçalvense que garantiu ingresso para o mundial, através do site da Fifa, e logo em um jogo importante, das oitavas de final. No próximo dia 30, no Estádio Beira-Rio, ele irá ver de perto a partida entre o primeiro colocado do grupo G e segundo do grupo H. “Existe a grande possibilidade de poder ver um jogo da Alemanha, caso a equipe se classifique em primeiro lugar no grupo G e isso me deixou muito mais animado”, confessa.Para o jovem bento-gonçalvense, é um orgulho e um privilégio poder fazer parte deste grande evento. “É muita felicidade participar de um momento em que vários povos voltam às atenções para o Brasil. Será muito interessante vivenciar um evento grandioso, gerando uma nova experiência na vida, com possibilidade de um pequeno intercâmbio cultural com pessoas de outras nacionalidades, tudo isso através de jogos de futebol”, conclui.

Reportagem: Raquel Konrad


É proibida a reprodução, total ou parcial, do texto e de todo o conteúdo sem autorização expressa do Grupo SERRANOSSA.

Siga o SERRANOSSA!

Twitter: @SERRANOSSA

Facebook: Grupo SERRANOSSA

O SERRANOSSA não se responsabiliza pelas opiniões expressadas nos comentários publicados no portal.

Enviar pelo WhatsApp:
Você pode gostar também