A energia elétrica impactará no bolso, mas dá para se proteger


 

 A energia elétrica tem sofrido um reajuste que dói no bolso do cidadão, já que as faturas enviadas às casas, às indústrias ou aos comércios sofreram um aumento médio de 12% nos últimos meses. Isso reflete nos custos de produtos e de serviços e, ao final, no balanço financeiro de todos. Entretanto, quais são os motivos desse aumento da energia? 

Para responder a essa questão, podemos elencar alguns pontos relacionados à origem desse aumento, entre os quais a matriz energética brasileira, que é altamente dependente das hidroelétricas e com uma baixa distribuição de outras fontes de geração elétrica. Atualmente, o total 58% da geração é feito a partir das hidrelétricas e com a estiagem há a necessidade de ligar fontes de despacho, como as termoelétricas, que são caras e poluentes. Essas termoelétricas compõem 24% da matriz elétrica e encarecem os custos. Basta olhar a sua fatura e procurar as bandeiras vermelhas patamares um ou dois e ver o reflexo que elas causam na energia elétrica. 

Outro ponto a ser destacado é que as maiores usinas de geração elétrica estão afastadas das grandes zonas de consumo, o que gera a necessidade de custos de manutenção e ampliação constante das linhas de transmissão para levar energia aos pontos mais distantes do país. Somado a esses itens, ainda é preciso considerar o desperdício de energia elétrica por uso incorreto ou ineficiente de máquinas ou eletrodomésticos. 

Mas o que pode ser feito para minimizar os impactos do aumento da energia elétrica? Algumas soluções são simples e rápidas, como aplicar ideias de eficiência energética em casas, comércios e indústrias. Não é somente mudar a lâmpada antiga por uma lâmpada LED, mas usar a energia de forma consciente em sua casa, como reduzir o uso do chuveiro elétrico, ar-condicionado e aquecedores. Evitar deixar a geladeira aberta por muito tempo. Os equipamentos em “standby” também geram consumo, então faça uma revisão daqueles eletrodomésticos que são de uso menos frequente e tire-os da tomada. Se houver a possibilidade, invista em uma nova geladeira ou ar-condicionado com tecnologia “inverter”, que os são mais econômicos. 

Para as empresas, a dica é tentar fugir do horário de ponta, normalmente entre 18h e 21h. A energia elétrica nesse período pode ser até três vezes mais cara. Atenção também com compressores de ar superestimados e com possíveis vazamentos. Um sistema automatizado para ligar e desligar lâmpadas e máquinas das empresas também pode contribuir para economia sem muito investimento. Também ajuda nesta economia capacitar os funcionários e apoiadores para o uso consciente de máquinas e da energia elétrica da empresa. 

Somada às ideias de eficiência energética, outra solução é investir na geração distribuída de energia elétrica, em especial a energia solar fotovoltaica. A geração distribuída evita custos com a transmissão, pode ser colocada junto ao consumo e ser instalada de acordo com as capacidades financeiras do interessado ou paga de forma financiada, além de ser limpa e sustentável, já que a geração distribuída é baseada somente em fontes renováveis. A energia solar, por exemplo, é responsável por 97,3% deste tipo de geração e é acessível para todos os interessados, podendo gerar uma economia de até 95% na fatura de energia elétrica, que é sentida logo no mês seguinte a instalação.