A hora de sermos solidários

Eu costumo dizer que eu prefiro ser a pessoa que ajuda àquela que precisa ser ajudada. E digo isso pelo simples fato de, ajudando, estamos servindo, maior propósito humano, segundo Dan Millman, em “O Caminho do Guerreiro do Pacífico”, que novamente cito aqui. 

Essa minha preferência por ajudar não é novidade na comunidade. Não que eu esteja sempre aparecendo enquanto o faço, já que a caridade deve ser velada. O que a mão direita faz, a mão esquerda não precisa ficar sabendo… Mas, explico: já não é mais novidade na medida em que meu querido amigo e colega, Dr. Cleber Dalla Colleta, em programa de rádio do qual participa, já fez essa menção, em uma belíssima referência a mim, da qual nem me sinto merecedor. Aliás, falando no Dr. Cleber, ele e a Esposa Elisa estão grávidos, a espera de mais um Coloradinho aí para abrilhantar as arquibancadas no nosso glorioso Estádio Beira-Rio. Parabéns, queridos! Que o Breno Antônio Tognon Dalla Colleta venha com saúde! 

Madre Teresa de Calcutá já dizia que “As mãos que ajudam são mais valiosas que os lábios que rezam”. E é verdade! Não que a oração não seja importante. Ela é! Sempre é! Mas atitudes de compaixão e empatia como a ajuda ao próximo, ao necessitado, valem muito também. E, para muitos, até é considerado oração. Afinal, quem é que disse que rezar é repetir uma sequência de palavras, por mais significado que elas tenham? 

Agradecer também é uma forma de solidariedade, por certo. Aproveito o ensejo, aliás, para agradecer aos apoiadores desse espaço, que me oportunizam de estar aqui todas as semanas, quais sejam, a Dra. Danielle Bavaresco e o Vinícius Lima, da Top House Transações Imobiliárias. Além, é claro, da Ana Paula Chies, que acreditou nessa ideia e permitiu que eu divagasse um pouco mais, semanalmente, neste espaço do Jornal SERRANOSSA. 

Pois bem, vimos, na nossa comunidade, nesse período, pessoas perdendo seus empregos, tratando de seus dissabores, manifestando-se acerca da diminuição de suas capacidades financeiras. Porém, vimos pessoas de todos os níveis e classes sociais organizando-se para ajudar o próximo com aquilo que não mais lhe era necessário ou aquilo que lhe era além do necessário. Vimos, ainda, pessoas privando-se de alguns costumes não só para conter um pouco seus gastos, temendo o por vir, mas também para que, com aquela pequena sobra, pudesse fazer algo melhor para com o outro, ajudando… 

Hoje, além dos locais que regularmente fazem esse trabalho, como o Lar da Caridade, que teve seu número de refeições triplicado nos últimos dias, o Centro Espirita Nossa Casa, que também teve sua demanda aumentada de maneira substancial, distribuindo cozinhas comunitárias em bairros da cidade, para alimentar os carentes, o Círculo Operário, aliado a outros grupos da comunidade, está fazendo uma campanha exemplar de distribuição de alimentos. Como disse um querido amigo meu, Volnei Benini, “É Bento sendo Bento…”. 

É cediço que para alguns a verdadeira caridade não consiste em dar aquilo que está sobrando, mas doarmo-nos um pouco daquilo que nos é caro, aquilo pelo que também precisamos. Eu, particularmente, acredito que toda ajuda é ajuda. Tudo o que pode ser usado pelo outro, nos sendo de sobra ou não, deve ser compartilhado, para que outro dele se utilize. Afinal, como diz a música de Alberto Costa, cantada belissimamente pelo Padre Ezequiel Dal Pozzo, “Sempre fica um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas”.

Partindo dessa premissa, compartilho a minha vontade de que o ato de servir, a partir de agora, torne-se um hábito. Que todos aprendam a, de si, doar um pouquinho mais em prol do outro. Afinal, não é essa a hora de sermos solidários. É sempre hora de sermos solidários.

Até a próxima! 

 

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