A luta pela preservação da natureza

O 3º Grupo Ambiental da Brigada Militar, com sede em Bento Gonçalves, busca coibir os crimes ambientais na cidade e em outros 13 municípios da região, cada qual com suas peculiaridades de práticas predatórias. Enquanto em outras localidades o maior número de atendimentos é relacionado a queimadas, por exemplo, em Bento Gonçalves, o que mais tem causado flagrantes é a pesca irregular, principalmente na Linha Alcântara.

De acordo com o comandante do Grupo, Paulo César Rodrigues dos Santos, a corporação recebe em média seis denúncias diárias e variadas. “Nos meses mais quentes, de novembro até abril, temos mais incidências de casos de pesca irregular, que corresponde ao maior número de atendimentos aqui na cidade. Porém, recebemos inúmeros relatos e também trabalhamos em parceria com a prefeitura municipal de Bento Gonçalves”, destaca.

O Grupo ainda fiscaliza e realiza averiguações de caça ilegal, maus-tratos a animais, pássaros em cativeiro, corte irregular de vegetação, descarte irregular de resíduos, vazamentos de cargas perigosas, lançamento irregular de efluentes em rios e córregos e casos de poluição sonora, com mais ênfase na fiscalização de empresas, igrejas e casas noturnas. Quanto às denúncias, o sargento relata que dificilmente recebem alguma informação falsa, mas nem todas se caracterizam, de fato, como crime ambiental.

Entre os atendimentos prestados neste ano, o comandante destaca a prisão de dois homens, em março, na linha Alcântara, após serem flagrados praticando pesca predatória. Os acusados chegaram a improvisar uma casa no meio do mato e na beira do rio, onde havia fogões, sofá e diversos materiais utilizados para limpeza e consumo dos peixes. “Caso uma pessoa seja flagrada praticando pesca predatória, ela será presa e conduzida à Delegacia de Polícia, onde será feito o flagrante ou o registro policial. O material utilizado será recolhido e apresentado na delegacia. O produto da pesca é apreendido e entregue no zoológico de Caxias do Sul, para alimentação dos animais ou para incineração”, explica. A pena para quem é flagrado cometendo o crime de pesca predatória é de detenção de um a três anos ou multa.

O sargento explica que o atendimento prestado pelo Grupo Ambiental é um trabalho de polícia, de investigação, e que busca identificar os suspeitos para que possam responder pelo crime cometido, e seguindo a linha da Brigada Militar. Ele ainda enfatiza que a Polícia Ambiental não possui nenhuma vinculação com a ONG Associação Riograndense de Proteção aos Animais (Arpa), que atende de forma independente a denúncias na região.

O telefone do Grupo Ambiental é (54) 3452 2968 e, nos finais de semana, os policiais podem ser acionados pelo celular de plantão, por meio do telefone (54) 9621 4354.

 

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