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“A proposta do programa de descentralização no atendimento de urgência e emergência está dando certo”, afirma secretário

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Promovido desde junho em Bento Gonçalves, o “Inverno com Saúde” tem atendimentos no vespertino em três ESFs do município

Foto: Prefeitura Bento Gonçalves

Com a chegada do inverno e as tradicionais doenças que a estação e as baixas temperaturas trazem consigo, a prefeitura de Bento Gonçalves, por meio da secretaria municipal de Saúde (SMS), tem investido no programa “Inverno com Saúde” desde o mês de junho.

O programa tem o objetivo de ampliar os atendimentos em unidades de saúde estratégicas e em horário não costumeiro: das 17h30 às 21h. O horário, no vespertino, ajuda que trabalhadores, que não conseguem frequentar as unidades no horário comum (das 7h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h30, em sua maioria), possam passar por consultas médicas, serem atendidos por enfermeiros ou realizar procedimentos como vacinação.

Atualmente, o atendimento estendido é realizado nas unidades de saúde dos bairros Municipal, Santa Helena e Vila Nova II, sempre às segundas-feiras e pós-feriados, além do atendimento pediátrico diário na UBS São Roque, das 17h30 às 21h. De acordo com o secretário de Saúde da cidade, Gilberto Júnior, a escolha pelas unidades se dá por questão estratégica.

“Neste primeiro momento, se dá por serem regiões populosas, que conforme os dados, mais procuravam o serviço de urgência de saúde. E isso nos fez ampliar esse atendimento na unidade, mais próximo do cidadão. É preciso ressaltar que todas as unidades abertas tem um trabalho forte de gestão e logística para que esse movimento dê certo”, afirma.

Outro objetivo do programa é desafogar espaços como a Unidade de Pronto Atendimento 24 horas (UPA 24h), no bairro Botafogo, e o Pronto Atendimento Zona Norte (PA Zona Norte), no bairro São Roque, que costumam receber diversos pacientes justamente nas segundas e pós-feriados.

“Esses dias foram escolhidos devido aos dados que comprovam que, historicamente, são os dias que registramos um maior atendimento na UPA e PA Zona Norte, atendimentos de emergência. E o movimento para essas regiões específicas auxilia que essas pessoas sejam atendidas em suas unidades de saúde, melhorando o fluxo e dando agilidade no atendimento”, destaca Gilberto.

Satisfatório

Na visão do secretário, as ações têm dado um retorno positivo. “Temos acompanhando o desenvolvimento do programa e o resultado é satisfatório para a secretaria e também para a comunidade. Estamos acompanhando semanalmente os números, e a proposta do programa de descentralização no atendimento de urgência e emergência está dando certo. A gente já vê a diminuição nos números, principalmente, nesta época que o atendimento de doenças respiratórias é maior”, pontua.

Sobre a expansão do programa para demais unidades, o secretário afirma que há a necessidade de estudos. “Nós temos uma equipe que monitora as unidades para entender cada ação realizada. Se houver a necessidade e aumento no número de pacientes, iremos habilitar outros espaços em outros dias.”

Descentralizar

O inverno potencializa as doenças respiratórias, fazendo com que idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas procurem por atendimento mais frequentemente. Segundo o secretário, com a oportunidade dos pacientes receberem o atendimento no próprio bairro (ou mais próximo de casa, sem a necessidade de se deslocar para a UPA ou PA), outras pessoas, com casos mais graves, conseguem serem atendidas com mais tranquilidade e atenção nos grandes centros.

“Com a implementação do programa a gente consegue observar uma diminuição significativa no atendimento. Em maio, tínhamos 15.400 atendimentos na UPA. Em junho, 11.419, e julho, 10 mil atendimentos. Já percebemos que a população está procurando as unidades habilitadas para atendimento”, reforça Gilberto.

Futuro

Para os próximos anos, o chefe da pasta acredita que o programa “Inverno com Saúde” pode se tornar algo fixo no calendário da cidade. “Todas nossas ações são organizadas com nossa equipe técnica, com base nos dados. E o período é histórico de aumento na procura do serviço médico. A possibilidade de manter no calendário esse programa é grande e ainda com a qualificação e aumento de locais habilitados”, conclui.

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