O ano de 2020 foi um ano de grandes desafios, principalmente na área da educação, pois, em poucos dias, centenas de instituições que sempre foram referência no ensino presencial tiveram que se reinventar e migrar todo o seu pedagógico para plataformas online. Isto aconteceu em todos os níveis de ensino, do fundamental ao superior, sem ao menos ter um tempo hábil para planejar, mas simplesmente como a única opção para que o ano letivo não fosse perdido.
O surgimento do Ensino a Distância no Brasil é muito controverso para definirmos com precisão uma data, mas estudiosos relatam que há mais de um século já se realizava cursos por correspondência, muito diferente do que representa o EAD nos dias atuais, e principalmente a tecnologia envolvida.
Que o EAD chegou para ficar, ninguém dúvida mais, pois este foi o método utilizado para que a educação continuasse a chegar aos locais mais distantes nesta pandemia, e principalmente a todos. Ao mesmo tempo que a tecnologia nos possibilitou a continuação do ano letivo, não podemos esquecer o quão difícil foi e está sendo para os professores, e me incluo neste grupo, pois muitos não estavam familiarizados com estas ferramentas, ou ainda, aqueles que nem tinham computadores ou acesso a rede em suas residências.
E os jovens? Quanta frustação estão vivendo? De uma hora para outra, viram a convivência com seus colegas, amigos e mestres migrar para uma relação virtual, lembrando que muito desta convivência faz parte da construção da personalidade destes jovens.
Continuando a falar dos protagonistas da educação em 2020, não esqueçamos da família. Talvez hoje, mais do que nunca, a família tenha compreendido a difícil tarefa que é educar, mas educar, no sentido de compartilhar conhecimento, contribuir para formação do cidadão, realizada pelos nossos professores.
Diante deste cenário, e do protagonismo realizado pelos professores, alunos e familiares, devemos nos voltar ao EAD com outros olhos, pois agora, mais do que nunca, faz parte da nossa realidade.
O ensino mudou, o planejamento e implementação das tecnologias que era para daqui dez anos como muito escutei em algumas instituições, tornou-se para hoje. Com isso, devemos através da tecnologia aproveitarmos melhor nosso tempo na escola, e ao professor realizar o seu novo papel, como facilitador e mediador, através de uma aprendizagem ativa, experimental e transformadora. Porém, não esqueçamos, isto se tornará possível com melhores investimentos na Educação, tanto na qualificação e valorização dos profissionais, como assistências aos jovens mais vulneráveis.
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