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A volta da sífilis

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A prática de relações sexuais sem proteção tem causado o aumento no índice das doenças sexualmente transmissíveis (DST’s), entre elas, a Aids e a sífilis – doença antiga que causa feridas genitais e cutâneas.  Segundo o médico dermatologista e infectologista Breno Marzola, um dos grandes problemas da sífilis está na sua identificação, pois é conhecida como “grande simuladora”.

“Ela se parece com várias outras doenças menos graves, como herpes, causando coceira e vermelhidão na pele”, explica o especialista. Os primeiros sinais são lesões do cancro sifilítico – inoculações da bactéria – que formam uma ferida. De acordo com Marzola, se não tratada, a sífilis involui, ou seja, some espontaneamente por um tempo, porém, a lesão aumenta e reaparece em forma de vermelhidão na pele, o que se denomina roséolo sifilítico.

Um outro estágio da doença é o considerado terciário ou cerebral, que provoca perda de memória e pode resultar na internação hospitalar do paciente. Marzola recomenda “pensar sifiliticamente”, o que significa, principalmente para os jovens, um pensamento preventivo acerca de uma doença silenciosa e que pode ter consequências graves se não descoberta e tratada a tempo.

Para o médico, a sífilis tem cura, desde que seja feito o diagnóstico correto. “O problema é que se o paciente pegou sífilis, pode ter pego outras doenças também. Normalmente, as pessoas promíscuas não se importam e nem fazem questão de transar protegidas, porque já estão doentes”, alerta. Ele apresenta dados preocupantes do Rio Grande do Sul como primeiro Estado no ranking de incidência de aidéticos por número de habitantes no Brasil.

Saiba mais

A sífilis é uma doença infecciosa e contagiosa causada por uma bactéria: a Treponema pallidum. Ela é adquirida, principalmente, via contato sexual desprevenido, com parceiro infectado. Pode ser transmitida de mãe para feto: sífilis congênita.

A presença de ínguas na virilha e de pequenas feridas de bordas endurecidas e profundas, ambas indolores, são características da primeira fase. Essas manifestações surgem aproximadamente 15 dias após o contato com a bactéria e, entre três e seis semanas, desaparecem sem deixar cicatrizes.

Quando a doença volta a se manifestar, provoca alguns sintomas como dores de cabeça e garganta, mal-estar, febre, além de perda de apetite e de peso.

O surgimento de ínguas em outras regiões do corpo e lesões de pequeno diâmetro, róseas ou violáceas, planas e indolores são outras características da segunda fase desta DST.

A fase terciária é, na maioria das vezes, destrutiva e incapacitante. Ela consiste na evolução crônica da doença, apresentando sintomas relacionados aos órgãos mais debilitados por ela, podendo levar à morte.

Fonte: Portal Brasil Escola
 

Reportagem: Morgana Braido

 

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