Academia Brasileira de Cinema divulga os seis filmes que podem representar o país no Oscar 2024
O resultado será divulgado no dia 12 de setembro
A Academia Brasileira de Cinema anunciou a lista dos seis filmes pré-candidatos à vaga de representante do Brasil na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar 2024, que será realizado em março. São eles: “Retratos Fantasmas”, de Kleber Mendonça Filho; “Pedágio”, de Carolina Markowicz; “Noites Alienígenas”, de Sérgio de Carvalho; “Nosso Sonho”, de Eduardo Albergaria; “Estranho Caminho”, de Guto Parente; e “Urubus”, de Claudio Borrelli. O escolhido será revelado no dia 12 de setembro.
Quem tem mais chances?
Conhecido nacional e internacionalmente, Kleber Mendonça Filho é um diretor brasileiro com renome e presença em grandes festivais de cinema pelo mundo. “Aquarius” e “Bacurau” (dirigido em parceria com Juliano Dornelles) são apenas dois dos filmes dirigidos por Kleber, filmes esses bem avaliados pela crítica e sucessos de público. Não é difícil acreditar na escolha de “Retratos Fantasmas” pela Academia Brasileira.
O único empecilho é que o filme é um documentário e não é comum que a Academia do Oscar escolha longas documentais na categoria de Melhor Filme Internacional, mas o nome de Kleber pode dar forças. O Brasil não é indicado nesta categoria desde 1999, quando “Central do Brasil” foi indicado – ainda angariando uma indicação de Melhor Atriz para Fernanda Montenegro. A última indicação do país ao Oscar foi em 2020, na categoria Melhor Documentário, com “Democracia em Vertigem”.
Conheça os filmes
Retratos Fantasmas, de Kleber Mendonça Filho: Como em tantas cidades do mundo ao longo do século XX, milhões de pessoas foram ao cinema no centro do Recife (Pernambuco). Com a passagem do tempo, as ruínas dos grandes cinemas revelam algumas verdades sobre a vida em sociedade – em exibição nos cinemas.
Confira o trailer:
Pedágio, de Carolina Markowicz: Suellen, cobradora de pedágio, percebe que pode usar seu trabalho para fazer uma renda extra ilegalmente. Mas tudo por uma “causa nobre”: financiar a ida de seu filho à caríssima cura gay ministrada por um famoso pastor estrangeiro – terá estreia no Festival de Cinema do Rio de Janeiro, em outubro.
Confira o trailer:
Noites Alienígenas, de Sérgio de Carvalho: apresenta uma Amazônia urbana, onde a ancestralidade dos povos tradicionais resiste frente à contemporaneidade que parece negar a floresta. Na periferia de Rio Branco, Acre, as vidas de três jovens amigos de infância se entrelaçam e, por fim, encontram- -se em uma tragédia comum, em uma sociedade em transformação e impactada de forma violenta com a chegada do crime organizado do sudeste do Brasil – disponível na Netflix.
Confira o trailer:
Nosso Sonho, de Eduardo Albergaria: é uma cinebiografia de Claudinho e Buchecha, dupla de maior sucesso do funk melody nacional de todos os tempos e ícone máximo do gênero na música brasileira. A história de uma amizade que se transforma em força de superação e conquista. Um filme que mostra como o ritmo e a poesia da periferia conquistaram o Brasil. Uma história real repleta de fantasia. Um musical, emocionante e divertido, feito de drama e tragédias, mas também de humor, surpresas e redenção – estreia nos cinemas em 21 de setembro.
Confira o trailer:
Estranho Caminho, de Guto Parente: David, um cineasta experimental, retorna ao Brasil pela primeira vez em dez anos, quando seu longa-metragem está marcado para estrear em um festival local. Embora tenha retornado para apresentar seu filme, seus pensamentos se voltam cada vez mais para o pai, que ele não vê ou tem notícias desde que partiu. À medida em que a pandemia de Covid-19 se espalha e um lockdown é decretado, David acaba na porta de seu pai. Eles começam uma coexistência desconfortável, enquanto David simultaneamente tenta conhecer seu pai e conquistar seu interesse. O velho, porém, mostra- -se inescrutável e caprichoso à medida que coisas cada vez mais estranhas começam a acontecer ao seu redor – terá estreia no Festival de Cinema do Rio de Janeiro, em outubro.
Trailer não disponível.
Urubus, de Claudio Borrelli: São Paulo. Na quarta maior cidade do mundo, onde a pichação cobre mais muros e prédios do que qualquer outro lugar no planeta, Trinchas comanda uma gangue de pichadores que escala os edifícios mais altos para deixar sua marca. Quando Trinchas conhece Valéria, uma estudante de arte, seus mundos colidem resultando na invasão da 28ª Bienal de São Paulo. A partir de então, a pichação ocupa seu lugar no mundo da arte e o bando de jovens invisíveis da periferia, torna-se protagonista de um polêmico debate cultural – disponível para aluguel no YouTube.