Acordo prevê aproveitamento residual vitivinícola

Está em fase de finalização de contrato o acordo de transferência de tecnologia entre Agroscience, instituto alemão de agroecologia, e a Fundação Proamb. A aproximação entre as instituições, que foi iniciada há pouco mais de um ano, teve um desdobramento importante entre os dias 9 e 10 de junho, quando representantes da entidade alemã estiveram em Bento Gonçalves. A ideia é que até outubro esteja em operação o projeto piloto de transformação de resíduos vitivinícolas (bagaço e engaço) em pellets para uso como fonte de energia.

O acordo envolve também a Cooperativa Aurora, que participará do projeto como a base e fornecedora da matéria-prima para essa primeira fase de trabalho. Em função de a Agroscience ser uma Parceria Público-Privada (PPP), o financiamento do plano piloto será do banco alemão DEG. O interesse do país europeu, que desenvolve projetos do mesmo estilo em todos os continentes, é na ampliação das pesquisas e do mercado consumidor das mesmas através de um desenvolvimento regional. Por isso a aproximação com a Proamb, por seu entendimento e trabalho do incremento do polo de sustentabilidade na Serra gaúcha. Aliás, o acordo é visto pela instituição como mais um passo em prol da iniciativa.

A Agroscience é uma instituição sem fins lucrativos do estado da Renânia-Palatinado, região muito parecida com a Serra gaúcha, voltada para a produção madeireira e vitivinícola. Lá, a organização apoia o desenvolvimento de tecnologias e a utilização de resíduos desses segmentos como fonte energética. A aproximação desses processos em Bento Gonçalves e arredores é o surgimento de uma alternativa de bom aproveitamento de resíduos que são um grande problema local. Hoje, os produtores vitivinícolas têm um alto custo com a destinação de bagaços e engaços, que em outras épocas eram espalhados nos vinhedos, até a proibição da prática pela Fepam (órgão gaúcho de fiscalização ambiental).

Os pellets de resíduos (o material passa por secagem, moagem e peletização) podem ser usados em lugar de óleo e madeira em caldeira, por exemplo. Conforme estudos realizados, o poder calorífico é muito alto. Uma das principais vantagens é que o processo é feito todo dentro das próprias empresas tornando-o sustentável.

A missão alemã  que visitou Bento era formada por Thorsten Pollatz, responsável por tecnologias ambientais, e Isabella Liolios, técnica da área de gerenciamento de resíduos, ambos da Agroscience, Sebastian Del Valle Rosales, do departamento de eficiência energética e serviços ambientais, e Wolfgang Jockel, do setor de desenvolvimento de negócios, ambos da TÜV, e Lars Dahlhoff, gerente de produto da Pusch AG. TÜV e Pusch AG são empresas fornecedoras de equipamentos.

Com informações da Assessoria de Imprensa Proamb/Fiema Brasil

 

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