Acusado de assassinato vai a julgamento em março

Foi definida, na última sexta-feira, dia 29, a data do julgamento de Alexandre Augusto Kuling de Bragança Soares de Souza, acusado pela morte da jovem bento-gonçalvense Caroline Ducati, então com 23 anos. O crime ocorreu em 2005, conforme o SERRANOSSA lembrou em reportagem publicada na última edição. Souza irá a júri popular no dia 17 de março de 2014, a partir das 9h30, no Fórum de Garibaldi, pelo crime de homicídio qualificado por emprego de meio cruel. 

O crime aconteceu em 15 de setembro daquele ano, no apartamento do réu, em Garibaldi. De acordo com a sentença de pronúncia, proferida pelo juiz Gérson Martins da Silva, com base na acusação feita pelo Ministério Público (MP), o crime aconteceu após uma discussão entre o casal. Caroline foi esfaqueada até a morte. A vítima apresentava marcas de facada por todo o corpo, inclusive nas mãos, demonstrando que ela tentou, em vão, se defender das investidas do acusado. O MP alegou que ele agiu movido pelo sentimento de posse que tinha com relação à namorada, caracterizando motivo fútil, além de apontar que diversas facadas foram desferidas em regiões não letais, demonstrando crueldade e brutalidade fora do comum. A qualificadora de motivo fútil foi desqualificada pelo Tribunal de Justiça, em abril de 2011.

Em depoimento, os vizinhos afirmaram que poucas horas antes do crime chegaram a ouvir a discussão do casal. O assassinato foi descoberto após os moradores do andar de baixo perceberem um líquido similar a sangue escorrendo por um dos lustres do apartamento. Os bombeiros confirmaram se tratar de sangue e chamaram a Brigada Militar. Os policiais arrombaram a porta e encontraram Caroline já sem vida. Souza estava deitado junto ao corpo, com os pulsos e parte de um dos braços cortados. A arma utilizada no crime foi encontrada ao lado da cama.

A defesa de Souza atesta que ele estava em surto psicótico grave no momento do fato, sendo cabível a absolvição sumária, o que foi negado pelo juiz. Em seguida, os advogados tentaram a suspensão do processo alegando incidente de insanidade mental, o que também não foi aceito.

Reportagem: Katiane Cardoso


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