Acusado de morte em São Valentim nega autoria

Um dos acusados de ter matado Patrícia Anderle Maito, então com 32 anos, em novembro de 2009, negou ter praticado o crime e não explicou, em seu interrogatório, onde estaria no momento do assalto ao estabelecimento comercial da vítima. Eliseu Bento da Silva, de 21 anos, está detido desde maio de 2012, após ter sido sentenciado a dez anos e sete meses de reclusão por prática de roubo e extorsão, referentes a outros crimes. O outro réu, Luís Lúcio Nardes Martins, não compareceu à audiência e teve acatado o pedido de prisão preventiva solicitado pelo promotor Sávio Vaz Fagundes.

A identificação dos acusados foi feita através do depoimento de uma testemunha e do laudo do Instituto Geral de Perícia (IGP) de Porto Alegre, que analisou materiais abandonados pela dupla, encontrando  vestígios genéticos dos envolvidos.

Ambos foram denunciados por latrocínio (roubo seguido de morte), cuja pena varia de 20 a 30 anos de reclusão, e por tentativa de homicídio, em razão da troca de tiros com policiais durante a perseguição após o assassinato da comerciante. 

Um pedido de prisão para ambos já havia sido solicitado pelo promotor após a identificação dos acusados, em dezembro de 2011, mas foi negado pela Justiça. Fagundes recorreu e o pedido tramita no Tribunal de Justiça de Porto Alegre. O promotor ainda fez o pedido de prisão preventiva, depois que Martins não compareceu à audiência realizada em setembro deste ano. O processo agora está em fase de pronúncia, etapa na qual o juíz decide se o julgamento será feito por um júri popular.

O crime

Por volta das 16h30, do dia 3 de novembro de 2009, Patrícia Anderle Maito estava no caixa de seu estabelecimento, em São Valentim, quando foi surpreendida por assaltantes. Enquanto um deles permaneceu na porta do mercado, o outro dirigiu-se ao caixa, onde roubou o dinheiro e atirou no peito da vítima. Ela chegou a ser conduzida ao hospital, mas não resistiu. 

A Brigada Militar e Polícia Civil foram informadas do assalto e perseguiram os bandidos, mas ambos conseguiram escapar após abandonarem a motocicleta utilizada no crime. No local, foram encontrados diversos pertences de outro estabelecimento que havia sido assaltado pouco antes no bairro Juventude, além de capacetes, revólver e toucas ninjas. A motocicleta utilizada no crime foi furtada no bairro Planalto dias antes.

Patrícia era casada e tinha três filhos, sendo um de cinco anos e um casal de gêmeos, na época com pouco mais de um ano de idade.

Reportagem: Katiane Cardoso

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