Acusado é absolvido durante julgamento

Alexandre Ferreira dos Santos, acusado de ter provocado o acidente que vitimou o advogado Luciano Gabardo, de 27 anos, em dezembro de 2005, foi absolvido. O julgamento aconteceu na última quinta-feira, dia 6. O corpo de jurados, composto por seis homens e uma mulher, absolveu o réu, que era representado pelo defensor público Rafael Carrard. Ele sustentou a tese de homicídio culposo na direção de veículo automotor, quando não há a intenção de matar, que previa pena de dois a quatro anos de reclusão. A acusação pediu condenação por homicídio simples doloso, cuja pena varia de seis a 12 anos de prisão. O júri desconsiderou o pedido tanto da defesa quanto da acusação e absolveu o réu por maioria de votos. Ainda cabe recurso.

“Essa foi a decisão mais injusta da minha carreira”, lamentou o promotor público de acusação, Sávio Vaz Fagundes. Já Carrard afirmou que a decisão do júri foi justa, uma vez que se baseou nas provas apresentadas. Visivelmente inconformados, familiares se desesperaram ao saber da sentença. “Fiquei sete anos sem dormir, vocês pensaram somente no filho dele. E eu, que não tenho mais o meu? Não acredito mais na Justiça”, desabafou a mãe de Luciano, Otília Dal Ponte Gabardo.

Em seu depoimento, o réu afirmou que, diferentemente do que estava na sentença de pronúncia, ele não dirigia embriagado e que a sinaleira estava com o sinal verde para ele. “Antes do acidente, havia parado em um hotel, onde tomei duas taças de vinho, mas não estava embriagado por já estar acostumado, uma vez que sou enólogo. Fui abordado por um funcionário do local, que afirmava que eu não estava bem, mas eu estava. Fui dirigindo até em casa e acabei sendo agredido por esse funcionário e por um taxista. Eles queriam cobrar a corrida, mas eu me neguei a pagar, pois não havia solicitado o serviço”, contou. Depois de ter parado em casa, ele relatou que precisava ir até seu local de trabalho, na avenida Osvaldo Aranha, para trocar a escala de trabalho com outro colega. “O acidente aconteceu no meio do percurso. Acredito que eu estava dirigindo entre 60, no máximo 65 quilômetros por hora. Só lembro de uma luz branca, rápida, passando em frente ao meu veículo”, disse. Com a colisão, Santos sofreu fraturas no braço, cortes da cabeça e escoriações pelo corpo. 

 

Reportagem: Katiane Cardoso

É proibida a reprodução, total ou parcial, do texto e de todo o conteúdo sem autorização expressa do Grupo SERRANOSSA.

Siga o SERRANOSSA!

Twitter: @SERRANOSSA

Facebook: Grupo SERRANOSSA

O SERRANOSSA não se responsabiliza pelas opiniões expressadas nos comentários publicados no portal.