Acusado pela morte de safrista é inocentado

Terminou por volta das 11h, o julgamento de Antônio André Rodrigues da Silva, de 35 anos, acusado pela morte do safrista Josiel Raupp da Roza, ocorrida no dia 29 de novembro de 2010. Silva foi considerado inocente pelo corpo de jurados, composto por seis mulheres e um homem. O crime aconteceu no interior de um galpão, em uma propriedade rural, na linha Jansen, no interior de Pinto Bandeira.

Em seu depoimento, Silva alegou ter agido em legítima defesa, após investida da vítima contra ele. Ele ainda explicou que tudo iniciou por causa de um isqueiro, o qual Roza alegava que haviam roubado e, quando o réu informou que iria chamar o proprietário do local, a vítima teria tentado o atacar com uma faca, momento em que se defendeu. Após a discussão, ele não mais teria visto a vítima, vindo a saber de sua morte somente na manhã do dia seguinte. A faca teria sido pega inicialmente pela própria vítima para investir contra ele.

Durante a fase processual, o antigo promotor da cidade, Sávio Vaz Fagundes, solicitou que o réu fosse julgado por homicídio qualificado, uma vez que a motivação – o suposto furto de um isqueiro – era considerada fútil. Durante o julgamento, o promotor Gílson Borguedulff Medeiros, que substitui o atual titular da 1ª Promotoria de Justiça Criminal de Bento Gonçalves, Eduardo Só dos Santos Lumertz, pediu a absolvição do réu, por entender que ele agiu em legítima defesa, baseando-se nas provas coletadas e na perícia realizadas no local. Entre os apontamentos, estava que o réu apresentava lesões no rosto, caracterizando que havia sido agredido, e por ele ter em suas mãos somente sangue dele próprio. A mesma tese foi defendida pela Defensoria Pública, através do defensor Rafael Carrard.

O réu foi preso em flagrante, mas, por ser réu primário e sem antecedentes criminais, teve a liberdade provisória concedida e respondeu ao processo em liberdade. Hoje ele mora em São Leopoldo. 


Reportagem: Katiane Cardoso


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