Acusado pela morte de safrista será julgado

O acusado pela morte do safrista Josiel Raupp da Roza, Antônio André Rodrigues da Silva, de 35 anos, irá a júri popular na próxima quinta-feira, dia 10. A sessão inicia às 9h e é aberta ao público. Silva está sendo acusado por homicídio qualificado, uma vez que a motivação – o suposto furto de um isqueiro – é considerada fútil. O réu alega ter agido em legítima defesa. A Defensoria Pública pede a condenação por lesão corporal seguida de morte. 

O crime aconteceu no galpão de uma propriedade rural situada na linha Jansen, em Pinto Bandeira, no dia 29 de novembro de 2010. Conforme a sentença de pronúncia, por volta da meia-noite o acusado golpeou a vítima com uma facada na região do peito, atingindo o coração. A agressão teria ocorrido após uma discussão. 

Em seu depoimento, na fase processual, Silva relatou que Josiel estava discutindo com um dos colegas por causa de um isqueiro em um dos cômodos improvisados do galpão. Quando ele tentou interferir, dizendo à vítima que talvez o objeto estivesse em outro lugar, foi acusado de defender o outro safrista. Em contrapartida, ele afirma que rebateu a acusação e tentou sair para chamar o dono da propriedade, mas Josiel o teria impedido e estaria armado com uma faca. “…eu peguei a mão dele, né, pra tentar tirar a faca da mão dele e ele começou a me bater com a outra mão (…) peguei a faca,  tentei afastar ele, (…) eu não olhei onde é que eu ia tocar. Não toquei pra fazer isso, entendeu? Não tive intenção”, alegou. Silva contou que não viu em que parte acertou a vítima com o golpe e só ficou sabendo que Josiel não havia sobrevivido pela manhã, quando foi acordado pelo dono da propriedade onde trabalhavam. Ainda segundo o depoimento, tanto a vítima quanto o acusado estariam embriagados no momento do assassinato. 

O réu inicialmente negou a autoria do fato, porém acabou confessando aos agentes da Polícia Civil poucas horas após o crime ser descoberto, ainda no local. Ele foi preso em flagrante, mas, por ser réu primário e sem antecedentes criminais, teve a liberdade provisória concedida e respondeu ao processo em liberdade.


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