O acusado pela morte do motorista de ônibus Bernardo Farias Rodrigues, Adair Pereira, de 41 anos, foi julgado nesta quinta-feira, dia 15. Após pouco mais de seis horas, o júri – composto por quatro homens e três mulheres – condenou o réu a seis anos e meio de prisão em regime semiaberto no Presídio Estadual de Bento Gonçalves. Da decisão ainda cabe recurso.
Durante o julgamento, o promotor Eduardo Só dos Santos Lumertz, que assumiu o cargo deixado por Sávio Vaz Fagundes em março deste ano, solicitou que o júri não levasse em consideração o fato de a vítima ter sido pega de surpresa e não ter tido chance de defesa (fato que justificou o pedido de condenação por homicídio qualificado na época do crime, uma vez que ambos possuíam desavenças anteriores), mas pediu a condenação do réu por homicídio simples. Pereira voltou a alegar legítima defesa, a exemplo do que havia declarado no decorrer do processo.
Relembre
O crime aconteceu no dia 25 de março de 2009, por volta das 19h. Os dois homens estavam na rua Pernambuco, bairro Humaitá, quando o réu disparou contra o tórax e o pescoço da vítima com um revólver calibre .32. Segundo a sentença de pronúncia, o motorista não estava armado. Pereira e Rodrigues eram vizinhos e tinham desavenças antigas. Horas antes do assassinato, a esposa do acusado havia sido condenada a pagar cestas básicas por ter agredido a companheira da vítima em outro processo.
Em depoimento à juíza Fernanda Ghiringhelli de Azevedo, o réu alegou ter agido em legítima defesa. Pereira explicou que vinha sendo ameaçado pelo vizinho, que acreditava que ele estaria mantendo um relacionamento amoroso com a sua esposa. O suposto caso teria sido relatado durante uma briga do casal. Já a companheira do acusado alegava que Rodrigues a assediava. Em uma das investidas, ele teria rasgado suas roupas e machucado suas mãos.
Reportagem: Katiane Cardoso
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