Os tradicionais “parreirais” de ovos de chocolate já começaram a ser montados em mais de 2 mil supermercados do Estado. E o principal público da Páscoa de 2012 será o adulto, de acordo com estudo do Instituto Segmento Pesquisas, encomendado pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). A pesquisa foi realizada entre os dias 10 e 16 de fevereiro, quando foram entrevistadas 200 pessoas de ambos os sexos, com idades entre 18 e 65 anos, e de todas as faixas de renda. Pelo lado dos supermercadistas, foram ouvidos 20 diretores de empresas do setor em todo o Estado.
Segundo o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, ao contrário de 2011, quando as crianças concentraram as atenções da indústria por seu crescente poder de decisão de compra no ponto de venda, neste ano a Páscoa será dos adultos. “As pessoas estão com um poder aquisitivo maior e querem resgatar o prazer de comer chocolate que não puderam desfrutar no passado. O mercado dos ovos infantis e teens já havia dado seu grande salto em 2011, devido aos investimentos da indústria”, observa o supermercadista. Para ele, a comemoração da Páscoa em abril, quando as temperaturas estão mais baixas do que em março, também favorecerá o consumo de chocolates. “A última Páscoa foi a melhor da década e, ainda assim, a pesquisa mostra que o setor prevê um crescimento de 6% para este ano. O clima mais frio de abril vai alavancar as vendas de pequenos supermercados, que não dispõem de climatização nas lojas e poderão se planejar para a exposição das parreiras de chocolates”, projeta Longo. Ao todo, os supermercados gaúchos vão comercializar 8,9 milhões de ovos, que vão alavancar um faturamento de R$ 84,8 milhões para o setor.
Ovos premium
De acordo com os dados do Instituto Segmento, os ovos premium e trufados e as caixas para presente serão os preferidos de consumo das classes A e B. Para os gaúchos da classe C, os ovos para adultos também deverão pontear a lista de compras. “Há pelo menos 90 lançamentos, com destaque para os ovos com formatos inovadores, como bastões, corações, diamantes e retangulares. A Páscoa de 2012 marcará pela diferenciação nas embalagens, nos atrativos visuais”, prevê o presidente da Agas. Para o público infantil, 80% dos produtos vendidos terão personagens licenciados em evidência.
Preferência pelos supermercados
O levantamento do Instituto Segmento mostrou que 59% dos consumidores vão comprar os produtos de Páscoa em supermercados.
A estratégia de despertar cada vez mais cedo o clima da Páscoa no consumidor resulta em uma antecipação da exposição dos chocolates nas lojas. Ainda assim, 61% dos entrevistados pretende realizar as compras de Páscoa na última semana que antecede a festa.
Artesanais e sem açúcar
80% dos supermercados entrevistados vendem produtos de Páscoa light e diet. Segundo os dados do Instituto Segmento, 19% dos gaúchos vão comprar algum chocolate diet ou light.
Outros 39% dos consumidores comprarão algum produto de Páscoa artesanal, como ovos e chocolates não industrializados e colomba pascal. “Este número dobrou em relação ao ano passado, refletindo a crescente preocupação da população com sua saúde e bem-estar”, justifica Longo.
Representatividade nas vendas
Considerada a segunda melhor data de vendas para o setor supermercadista gaúcho (atrás apenas das festas de final de ano), a Páscoa gera otimismo entre os empresários do segmento. Os preços neste ano estão muito próximos dos praticados em 2011, com um acréscimo médio de 5,2% não-deflacionado. “O bombom é o presente de última hora. Devem ser comercializadas 5,3 milhões de caixas, agregando ao faturamento mais R$ 24,3 milhões”, calcula Longo.
Segundo os supermercadistas ouvidos pelo Instituto Segmento, os produtos típicos de Páscoa de maior venda são as caixas de bombons, os ovos de Páscoa em geral, as barras de chocolate, os bombons avulsos, os vinhos importados e chocolates em geral.
Empregos temporários
De acordo com os números do Instituto Segmento, 25% dos supermercadistas pretendem contratar funcionários temporários. A previsão é contratar, em média, 10 pessoas. No total, a Páscoa irá gerar cerca de 1,5 mil empregos temporários no Estado, efetivando pelo menos 20% dos profissionais ao final da festividade. 90% destas vagas são criadas pela indústria, em cargos como operador de logística, montador, promotor de vendas e estoquista.
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