Advogado de escolinha fala sobre morte de bebê

O advogado Luciano Fontanive Caregnato, que assumiu a defesa da Escola de Educação Infantil Universo da Criança, onde ocorreu a morte de um bebê de 8 meses na tarde de terça-feira, dia 16, disse ao SERRANOSSA que a direção irá aguardar o laudo de necropsia que irá revelar a causa da morte da criança. No entanto, Caregnato afirma que a escola ainda acredita na possibilidade de que a criança não tenha se afogado com o próprio vômito. Isso porque o bebê não teria nenhuma secreção na boca ou sujeira na roupa.

O advogado relata que a criança recebeu alimentação em torno de 13h30 e, depois disso, teria brincado até as 15h. “Só depois disso o bebê foi dormir e em nenhum momento ficou desacompanhado. A escola possui seis atendentes, além das sócias. Quando perceberam que havia algo errado, as atendentes imediatamente chamaram o Samu e prestaram os primeiros socorros. A escola possui duas profissionais habilitadas, com curso, para atender emergências”, garante. “Nós acreditamos, por causa de tudo isso, que o bebê não tenha ido a óbito por causa de afogamento, mas vamos aguardar o laudo da morte. A escola prestou e irá prestar toda a assistência possível”, completa Caregnato.

De acordo com o advogado, o menino estaria desde os 4 meses na escolinha, através de uma vaga cedida pela prefeitura. Ele afirma que a escola tem 9 anos de atuação e 45 crianças matriculadas, com idade entre 3 meses a 6 anos. Terça-feira, dia do incidente, era o último dia do ano letivo da escola. 

Caregnato também reconhece que a escola já responde por um processo referente a uma criança que teria sido acidentalmente queimada com água quente na instituição. “Este é um fato isolado. As atendentes e proprietárias da escola sempre foram zelosas com todos os alunos. Ninguém abre uma escolinha se não gostar de criança”, finaliza o advogado, afirmando que a proprietária da escola está muito abalada e deve prestar depoimento na delegacia até a próxima sexta-feira, 19.

O delegado responsável pelo caso, Álvaro Pacheco Becker, titular da 2ª Delegacia de Polícia de Bento Gonçalves (2ª DP), informou à reportagem do SERRANOSSA, na manhã desta quarta-feira, 17, que, em nenhum momento ao longo do inquérito, serão divulgados nomes de pessoas ligadas ao caso e nem da escolinha onde ocorreu o fato. O objetivo é evitar manifestações da comunidade que possam prejudicar o andamento das investigações.

Reportagem: Raquel Konrad

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