Advogado gasta R$ 13 mil no cartão e finge sequestro para não pagar

Polícia Civil descobriu farsa ao analisar imagens do shopping em que o advogado aparece fazendo compras

Fotos: Reprodução

O advogado Rodrigo Barcelos de Oliveira foi indiciado pela Polícia Civil por estelionato e falsa comunicação de crime após gastar R$ 13 mil em um shopping do Rio de Janeiro e, em seguida, ir até a delegacia registrar que as compras foram feitas por criminosos após ele ter sido vítima de um sequestro relâmpago.

De acordo com a Polícia Civil, a farsa foi desvendada quando os agentes checaram as imagens de câmeras de segurança que mostram o advogado caminhando, sozinho, com as sacolas nas mãos, enquanto fazia compras por mais de três horas no local.

Em depoimento, o homem alegou ter inventado o crime por dificuldades financeiras e, “ao ver a geladeira vazia”. Entretanto, entre as compras feitas pelo advogado havia R$ 850 em cuecas de grife, uma cama para cachorro de R$ 718, um sapato de R$ 690, além de R$ 2,2 mil em uma capa para prancha de surf.

Registro de sequestro

Rodrigo se dirigiu até a 16ª Delegacia de Polícia da Barra da Tijuca e contou à polícia que  estava dirigindo na Avenida das Américas quando foi abordado por dois homens armados que estavam em uma moto. Ele teria sido coagido a entrar no estacionamento do Barra Shopping, na Zona Oeste do Rio.

Segundo Rodrigo, um dos homens teria passado cinco horas no shopping após ter pedido a senha do seu cartão, e que o cartão de crédito foi usado até ser bloqueado. O outro homem teria permanecido, junto com ele, no carro.

Contradição

A polícia teve acesso às câmeras de segurança do shopping no dia da ocorrência. De acordo com polícia, ele aparece caminhando sozinho nos corredores do local, com o celular na mão, e fez 11 compras no cartão de crédito em diferentes lojas.

As câmeras também registraram Rodrigo indo ao estacionamento duas vezes para guardar as compras e partir do local.

Além do registro por sequestro, ele tentou cancelar todas as compras com a administradora do cartão, alegando que tinha sido roubado. A empresa negou o pedido porque a senha do cartão foi usada em todas as vezes.

Busca e apreensão

Na manhã da última sexta-feira, 30/06, a polícia realizou uma busca e apreensão na casa do advogado e encontrou todos os produtos passados no cartão.

Rodrigo será indiciado por estelionato e falsa comunicação de crime.

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