Aeroporto Regional da Serra Gaúcha é pauta no Ministério de Portos e Aeroportos

Os deputados Denise Pessôa e Mauricio Marcon, o senador Luis Carlos Heinze e o prefeito de Farroupilha, Fabiano Feltrin, estiveram presentes no encontro com o ministro Márcio França

Foto: Luz Dorneles/Divulgação

A construção do Aeroporto Regional da Serra Gaúcha, localizado em Vila Oliva, interior de Caxias do Sul, foi debatida na quarta-feira, 02/08, pelo ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, juntamente com os deputados Denise Pessôa (PT) e Mauricio Marcon (Podemos), do senador Luis Carlos Heinze (Progressistas) e do prefeito de Farroupilha, Fabiano Feltrin (Progressistas).

O ministro Márcio França sugeriu o encaminhamento de um projeto de modelagem a ser feito pelos prefeitos da região.

Posicionamento estratégico para um dos principais destinos turísticos do país

“Um relatório apontou que as condições climáticas de lá [Vila Oliva] são muito mais favoráveis do que no aeroporto de Porto Alegre – ali tem muito menos incidência de neblina. Essa questão climática vai colocar esse aeroporto como sendo o principal do Rio Grande do Sul”, afirmou a deputada Denise, que fez referência ao Estudo de Impacto Ambiental (EIA) publicado em 2020.

De acordo com o documento, “embora o Aeroporto Regional de Caxias do Sul – Hugo Cantergiani esteja distante, aproximadamente, 65 km de Gramado (o município mais procurado por turistas na Serra), costuma fechar com frequência devido às condições climáticas da região e tem voos cancelados ou transferidos para Porto Alegre. Sendo assim, a localização do novo Aeroporto Regional da Serra Gaúcha possui uma posição estratégica em relação aos municípios da Região das Hortênsias (Gramado, Canela e Nova Petrópolis)”.

Gramado recebe, aproximadamente, 6,5 milhões de turistas por ano e superou a cidade do Rio de Janeiro nas buscas de viajantes brasileiros no site de hotelaria e hospedagem Booking.com para as férias de julho deste ano no Brasil, destacando-se como um dos principais destinos turísticos do país.

Parceria público-privada, INFRAERO e modelagem

A possibilidade de uma Parceria Público Privada (PPP) que envolveria o aeroporto, a estrada de acesso, a ponte a ser construída, o terminal de carga e um eventual pedágio também foram discutidos. O ministro também manifestou a possibilidade de a administração ficar sob responsabilidade da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO) que, por ser pública, dispensa licitação.

“Digamos que você me apresenta a modelagem. Como ela funciona aqui? Passa pelo Tribunal de Contas e depois passa pela agência – uma de aviação, por causa do aeroporto, e outra terrestre, por causa da pista. Depois é feita uma licitação, um leilão”, apontou o ministro França.

Um estudo preliminar de viabilidade do empreendimento, apresentado em junho pela empresa Infra SA, apontou que o Aeroporto de Vila Oliva terá custo estimado de R$ 520 milhões e que a estimativa é de receber até 2,5 milhões de passageiros por ano.

Informações: Assessoria da deputada Denise Pessôa