Afogamento: prudência evita tragédias

O verão ainda nem começou, mas a chegada dos dias mais quentes anima muitas pessoas a aproveitarem os momentos de folga em meio à natureza, de preferência próximo a rios e cascatas. A imprudência, no entanto, pode transformar atividades de lazer em tragédias, a exemplo do afogamento de um jovem no interior de Farroupilha no último dia 6. Roberto Carlos Lorini, de 19 anos, se afogou em uma cascata na comunidade de Vila Rica.

Um dos soldados que atendeu a ocorrência, Felipe Furlanetto, dos Bombeiros Voluntários de Garibaldi, conta que o fato de a vítima não saber nadar e de não conhecer o local podem ter contribuído para a tragédia. “Pelo que apuramos com as pessoas que estavam no local, ele não sabia nadar e acabou se afogando em um ponto onde a profundidade é de cerca de 3 a 3,5 metros, depois de engolir bastante água. É bem provável que não conhecesse a cascata, tampouco soubesse da profundidade ou do que tinha no fundo”, descreve.

Segundo dados do 5º Comando Regional de Bombeiros, de Caxias do Sul, desde o início do ano foram oito ocorrências de afogamento, todas com vítimas fatais. Os registros apontam três mortes em Caxias, uma em Farroupilha, duas em Flores da Cunha, uma em Gramado e uma em Vacaria. O Comando atende 40 municípios da região através de oito subgrupamentos, seções e assessorias técnicas. Os locais de maior incidência de afogamentos são o Rio Caí, Represas e o Rio das Antas. Em Bento Gonçalves foi registrada uma ocorrência deste tipo em 2010 e nenhuma neste ano.

Dicas de Segurança

*Nade sempre em companhia de outras pessoas. Evite nadar sozinho.

*Não superestime sua capacidade como nadador, afinal 46,6% das mortes por afogamento são de pessoas que sabem nadar.

*Objetos flutuantes (como boias) não substituem falta de conhecimento, de habilidade e de preparo físico para natação.

*Nade em locais afastados da região onde o rio deságua no mar, de pilares de plataformas de pesca, pontes e ancoradouros.

*Mergulhe somente em águas que você já conhece.

*Em passeios de barco, escolha os que ofereçam coletes salva-vidas, que devem ser utilizados durante todo o passeio.

*O afogamento é a primeira causa de morte entre crianças com idade entre um e 14 anos.

*Nas férias e feriados, o número de afogamentos aumenta, já que as crianças passam mais tempo livre em casa, onde muitos pais acham que estão seguras. Apenas 2,5 cm de água dentro de baldes, vasos, piscinas infantis são suficientes para afogar uma criança.

Atenção em piscinas

*Isole a piscina. O cercamento reduz os afogamentos de 50 a 70%.

*Evite deixar brinquedos próximo ou dentro da piscina (boias, brinquedos e câmaras de ar), que atraiam a curiosidade das crianças.

*Crianças devem sempre estar sob a supervisão de um adulto. Estatísticas indicam que 89% das crianças não têm supervisão durante o banho de piscina e que 84% dos afogamentos em piscinas ocorrem por distração do adulto (hora do almoço ou após). Leve sempre as crianças com você caso necessite afastar-se da piscina.

*Boia de braço não é sinal de segurança. Boa parte dos afogamentos acontecem em razão de 10 segundos de desatenção, o tempo, por exemplo, de pegar uma toalha.

Fonte: Bombeiros da Brigada Militar de Bento Gonçalves

 

Eduardo Kopp e Greice Scotton 

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