A Amazônia registrou 28.697 focos de calor em agosto, superando a média histórica mensal
A MetSul Meteorologia alerta que a fumaça das queimadas na Amazônia deve atingir o Sul do Brasil, especialmente o Rio Grande do Sul, na segunda metade da semana. A fumaça reduzirá a visibilidade e afetará a qualidade do ar em diversas regiões.
Fumaça
Modelos de dispersão de aerossóis, como o CAMS do Copernicus, indicam um corredor de fumaça se estendendo da Amazônia até o Rio Grande do Sul. Essa fumaça, originada em áreas como o sul do Amazonas e Rondônia, é transportada por correntes de jato em baixos níveis.
Temperatura
Esse corredor de vento quente e seco transporta a fumaça para o Sul, juntamente com o ar tropical que eleva a temperatura. No final da semana, as temperaturas devem subir consideravelmente no Rio Grande do Sul, com tardes mais quentes na sexta e no sábado, quando algumas cidades podem registrar marcas perto ou acima de 30ºC.
Impactos visíveis
A fumaça resultará em céus acinzentados e um sol com cores intensas ao amanhecer e pôr do sol. Em alguns casos, a fumaça pode descer a altitudes menores, piorando a qualidade do ar no Rio Grande do Sul.
Queimadas recorde na Amazônia
Dados do Inpe revelam que, em agosto, a Amazônia registrou 28.697 focos de calor, superando a média histórica mensal. A maior concentração de queimadas ocorreu em 26 de agosto, com 1.988 focos. Este cenário ressalta a gravidade das queimadas na Amazônia e seus efeitos diretos no clima e na qualidade do ar no Sul do Brasil.