Alimentos integrais: mocinhos ou vilões?

Você é adepto de massas, pães, biscoitos, bolo, arroz, salgados e outros produtos na versão integral? Ao que tudo indica, alimentos integrais parecem a melhor opção para quem quer perder peso, para quem sofre de diabetes ou até mesmo para quem quer cultivar uma dieta mais saudável. Segundo a nutricionista Thatyana Freitas, de São Paulo, o termo “integral” indica que todos os componentes do grão – farelo, gérmen e endosperma – são  conservados durante o processamento. Mas, afinal, qual o real impacto disso na alimentação? E será que ele é, de fato, tudo isso que se fala ou apenas mais uma dentre tantas modas da dieta? Tire suas dúvidas…


Consumo diário recomendado

Por serem fonte rica de carboidratos, vitaminas, minerais e fibras, alimentos integrais deveriam ser consumidos todos os dias, explica a nutricionista Sandra da Silva Maria, de São Paulo. Com a ingestão diária deles há maior probabilidade de atingir os níveis recomendados de cada nutriente em uma dieta equilibrada. 


Funcionamento intestinal

“Fonte de fibras, os alimentos integrais são indicados para melhorar o intestino preso”, afirma a nutricionista Thatyana. A profissional explica que, embora elas sejam eliminadas nas fezes por não termos enzimas capazes de quebrá-las, elas são fermentadas por bactérias dando origem a substâncias que estimulam o funcionamento do órgão. Ela complementa dizendo ainda que um intestino saudável também barra a passagem de substâncias tóxicas que precisariam ser metabolizadas pelo fígado e excretadas pelo rim, evitando, assim, a sobrecarga deles. Por outro lado, o consumo em excesso dos integrais, quando não é aliado à ingestão de água (2 litros por dia é o recomendado), pode ter o efeito contrário, favorecendo o intestino preso. 


Ganho de peso

Alimentos integrais também são fonte de calorias e, assim, podem contribuir com o ganho de peso caso sejam ingeridos em excesso. “Moderação, portanto, é fundamental, pois mesmo o que é saudável pode se tornar prejudicial em quantidades exageradas”, alerta a nutricionista Sandra.


Substitua!
 

A nutricionista Sandra é a favor da substituição de alimentos refinados por sua versão integral, pois o processo de refinamento retira as partes mais nutritivas dos grãos. “É no farelo e no gérmen que se encontram as vitaminas, os minerais e os antioxidantes”, aponta. Por isso, sempre que possível invista nesse tipo de alimento para fornecer mais nutrientes ao organismo.  


Diabetes

“O consumo de alimentos integrais previne tanto a hipo quanto a hiperglicemia, pois a ingestão de carboidratos com fibras torna mais lenta a absorção da glicose pelo organismo”, afirma a nutricionista Thatyana. Tal característica faz com que esses alimentos sejam mais indicados do que os refinados, que geram picos de glicemia. 


Prevenção de doenças

Redução do colesterol, controle dos níveis de açúcar no sangue, melhora do funcionamento intestinal e prolongamento da saciedade são apenas alguns dos benefícios obtidos com o consumo de alimentos integrais. Desta maneira, há redução do risco de doenças cardiovasculares, da obesidade e até de alguns tipos de câncer, como o câncer de cólon. Assim, uma dieta equilibrada não pode deixar essa opção de fora.  


Armadilha

Nem sempre a versão integral dos alimentos apresenta menos calorias. “As propriedades nutricionais são muito diferentes, mas o impacto calórico nem sempre é mais vantajoso”, explica a nutricionista Thatyana. Segundo ela, na maior parte das vezes as calorias são equivalentes. Os nutrientes dos integrais, entretanto, fazem seu consumo valer mais a pena, sem contar que aumentam a sensação de saciedade, ou seja: você come menos.

Por Laura Tavares
Fonte: portal Minha Vida

(www.minhavida.com.br)

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