Prestes a completar cinco décadas de atuação à frente de bandas em Bento Gonçalves e região, o maestro Alves Rossatto recebe, nesta quinta-feira, dia 3, a maior honraria cultural do município: a medalha Oscar Bertholdo. A homenagem ao músico ocorre na Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves, às 19h.
Rossatto iniciou seus trabalhos como regente em 1966, após o falecimento de seu grande incentivador, o maestro Alfredo Fritoli. Com ele, além de se dedicar aos estudos musicais, também formou um conjunto que animava bailes e festas nas cidades da Serra. A parceria rendeu, ainda, a formação da banda Santa Cecília, em Faria Lemos – foi nesse grupo que Rossato assumiu o lugar de Fritoli.
A partir daí, acumulou experiências com passagens por diversas bandas, algumas delas fundadas por ele e que permaneceram em atividade por vários anos. Uma delas foi a Bentalves, do Barracão, que se tornou muito conhecida. No ano seguinte, assumiu também a Banda Marcial do Colégio Aparecida. Em 1972, após a possibilidade de Rossatto não dar mais continuidade ao trabalho que vinha desempenhando de forma voluntária, a prefeitura contratou o maestro e unificou as bandas, formando a Sociedade Musical Bento Gonçalves, mantenedora da Banda Municipal, que, em 2005, acabaria extinta.
Uma das épocas de maior evidência do trabalho do maestro foi a década de 1980, quando ele foi convidado a reger os grandes festivais interestaduais que reuniam mais de 400 músicos na chamada “Grande Banda”. “É um reconhecimento importante, porque eu também levei o nome de Bento para outros lugares do Brasil”, diz Rossatto. Em 1995, criou a Marialves, de Pinto Bandeira, outro grupo que se destacou na região até 2009.
Recentemente, após um período de incertezas, o maestro Alves Rossatto, com encaminhamentos do advogado Carlos Perizzollo, conseguiu reativar a Sociedade Musical Bento Gonçalves e os trabalhos da “Furiosa”, como ficou sendo carinhosamente conhecida a banda.
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