Ambev adquire mil veículos elétricos que serão montados na Serra

A Ambev anunciou a compra de mil vans e caminhões elétricos, desta vez com a Fábrica Nacional de Mobilidade (FNM), startup criada no ano passado. A produção será feita em área exclusiva na fábrica da Agrale em Caxias do Sul (RS), com quem a empresa tem contrato de cooperação técnica.

As empresas não divulgaram o valor do investimento. A Ambev já tinha acordo de intenção de compra de 1,6 mil veículos elétricos da Volkswagen Caminhões. A produção das primeiras 100 unidades começa no segundo semestre na fábrica de Resende (RJ).

Os dois projetos estabelecem o fim de 2023 como prazo de entrega de todos os veículos, ano em que a Ambev pretende ter a maior parte da frota de distribuição (de 5,3 mil veículos) movida a energia limpa. Segundo a companhia, esta é mais uma iniciativa para reduzir em 25% a emissão de CO2 em toda sua cadeia em cinco anos.

O vice-presidente da Ambev, Rodrigo Figueiredo, destaca a importância de optar pela negociação com uma empresa brasileira. “Estamos muito felizes de anunciar essa grande parceria com uma startup nacional, ainda mais diante desse cenário incerto no setor automobilístico que o Brasil enfrenta. Quando há união e colaboração entre empresas e empreendedores brasileiros, conseguimos inovar e construir projetos que beneficiam não só o País, mas o meio ambiente e o planeta”, afirmou. 

Cada caminhão elétrico deixará de emitir 126 mil quilos de CO2 por ano. A Ambev recebeu duas unidades para testes e a produção em série começa em fevereiro ou março. Os veículos têm autonomia programada para rodar 100km, mas podem chegar a 500 km. A recarga será feita em até quatro horas por carregadores nos centros de distribuição da Ambev, que operam também com energia solar.

Os caminhões serão conectados aos sistemas de TI da Ambev, que fornecerão em tempo real dados de rota, performance, informações de trânsito e trajetos. Eles são equipados com sistema anticolisão.

Segundo o presidente da FNM, Ricardo Machado, os veículos serão produzidos de acordo com as necessidades do cliente em modelo de negócio baseado em contratos de pré-venda, planilha aberta e pagamento antecipado. Entre os fornecedores estão a brasileira Randon, que fará os baús de carga; a norueguesa Danfoss Editron (motores) e a americana Octillion (baterias).