Amesne apresenta relatório sobre campus da Ufrgs
Foi apresentado na manhã desta quinta-feira, 5 de janeiro, o relatório da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne) sobre as audiências públicas efetuadas na região para a discussão do município de instalação do campus da Ufrgs na Serra Gaúcha. O documento apresenta as potencialidades de cada cidade que pleiteia o campus, faz um levantamento socioeconôminco da região e lista as faculdades já instaladas e as escolas de ensino médio de cada município. A definição da cidade que receberá o campus, no entanto, não faz parte do documento.
Segundo a Amesne, Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Garibaldi, Farroupilha e Veranópolis ofereceram-se para receber o campus. No relatório, o resultado de um questionário feito com as prefeituras da região dá a Bento Gonçalves o maior número de votos para a instalação da Ufrgs. A maioria dos prefeitos, no entanto, prefere que a universidade adote um “modelo pulverizado” e crie mais unidades na Serra. O documento também dá sugestões de cursos: entre os mais votados, estão Medicina, Agronomia, Engenharias, Administração e Direito.
Estas definições, porém, ainda vão ser debatidas em outras reuniões da Ufrgs com a Amesne. Segundo o vice-reitor da universidade, Rui Vicente Oppermann, o próximo passo após o recebimento do relatório é a formatação de um projeto político-pedagógico do campus, que tratará dos cursos a serem ofeecidos e do papel da universidade no desenvolvimento da região. Somente após esse plano, tendo sido levantadas as necessidades de instalação da unidade, é que será definido o município a receber o empreendimento. “Todos os municípios têm potencial”, disse o vice-reitor, descartando, num primeiro momento, a ideia de que sejam instaladas mais unidades além do campus em discussão atualmente. “É uma possibilidade, mas não vamos trabalhar desde o princípio com isso.” Segundo Oppermann, a ideia é ter o campus “enraizado” na região antes de pensar em novas unidades.
O presidente da Amesne e prefeito de Veranópolis, Waldemar De Carli, apresentou o relatório e aproveitou para reclamar de prefeitos que têm procurado o Ministério da Educação e a retoria da Ufrgs para pedir que o campus seja instalado em sua cidade. Para De Carli, a discussão tem que passar pela Amesne. “Respeitamos todas as tratativas que as prefeituras fazem, mas gostaríamos que a Amesne fosse respeitada. Se a Amesne for desprestigiada, vamos discutir se vale a pena continuarmos nesse processo.” O vice-reitor Oppermann apoiou De Carli: “a Amesne é o local onde vamos fazer essa escolha, não no gabinete do reitor, nem no gabinete do ministro.” O prefeito de Bento Gonçalves, Roberto Lunelli, um dos que vêm movimentando-se nos bastidores para garantir a instalação do campus na sua cidade, disse que a escolha é da Ufrgs e que não se pode interferir, mas alfinetou: “fui eleito para defender os interesses de Bento Gonçalves.”
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