Anestesistas descartam paralisação por 60 dias
O impasse que envolve a reivindicação de anestesistas por um maior percentual nas cirurgias eletivas realizadas através do Sistema Único de Saúde (SUS) pode estar perto do final. Na última quinta-feira, dia 22, em uma reunião entre a categoria e a direção do Hospital Tacchini, foi descartada a paralisação das atividades, uma possibilidade que vinha sendo considerada até então caso não houvesse consenso até o final deste ano. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, os profissionais aceitaram negociar as reivindicações.
Segundo José Laurindo Sasso de Almeida, representante da categoria, os anestesistas recebem atualmente 38% do valor pago aos cirurgiões. Ele explica que, de acordo com a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), que estabelece valores para diferentes tipos de intervenção conforme o grau de dificuldade, os anestesistas deveriam receber 60% do que é pago para o cirurgião.
O caso ganhou intervenção do Ministério Público (MP). De acordo com o promotor responsável pelo caso, Alécio Silveira Nogueira, os anestesistas não têm relação jurídica com a secretaria municipal de Saúde. Eles estão ligados ao Hospital Tacchini, que mantém contrato para realização de cirurgias pelo SUS com a secretaria. Nogueira entrou em férias na última sexta-feira, dia 16, mas, antes, fez recomendação à direção do hospital para que trabalhasse na busca de soluções para evitar, justamente, que as cirurgias fossem paralisadas a partir do final do contrato, em 31 de dezembro.
Em 23 de setembro o SERRANOSSA noticiou, em primeira mão (FOTO), possível atraso nas cirurgias eletivas realizadas através do Sistema Único de Saúde (SUS) em Bento Gonçalves, em função de reivindicação de aumento salarial por parte dos anestesistas. A luta pela equiparação com o valor pago aos cirurgiões iniciou ainda em junho. Na época em que o fato foi noticiado, o secretário municipal de Saúde, Ivanir José Zandoná, alegou que o valor exigido pelos profissionais era maior do que o pago pelos planos de saúde. O SERRANOSSA tentou entrar em contato com Zandoná para comentar a questão, mas ele está em férias e só retorna na primeira semana de janeiro.
Carina Furlanetto
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