Anfiteatro recebe benefícios estruturais

Entregue 24 anos depois da criação da Fundação Casa das Artes (FCA), há quase cinco anos, o anfiteatro é um dos palcos mais procurados para os artistas bento-gonçalvenses apresentarem seus trabalhos. A estrutura está adequada para receber um público de até 450 pessoas, mas os bastidores ainda deixam a desejar em muitos itens. 

Enquanto os camarins e equipamentos de som e luz, que demandam altos investimentos, ainda aguardam novos projetos para serem licitados, uma escola de danças tomou a iniciativa de realizar intervenções em benefício do local. Rodrigo dos Santos, diretor da Escola de Danças Angélica & Rodrigo, conta que, ao definir o anfiteatro como palco que receberia seu espetáculo em setembro deste ano, conheceu toda a estrutura. “Queria uma solução para os biombos que eram colocados no hall de entrada durante os espetáculos e mostras de dança. Os bailarinos ficavam lá de forma improvisada, aquecendo e trocando de figurinos no piso frio, ou tendo que subir nos andares superiores para utilizar salas cedidas para esse fim, tudo de forma improvisada e amadora”, relata. 

Ele sugeriu, então, que fosse usada a sala de apoio localizada embaixo da plateia como camarim. O local abrigava o acervo do Museu do Imigrante, que foi reacomodado pela equipe da FCA com divisórias de madeira. Com a reorganização, os novos bastidores contam com espaço de cerca de 50m², banheiros e acessos à área externa e ao palco – essa executada pela equipe da escola, que instalou uma porta e escada no local. O carpete usado é o restante do próprio teatro.

Além da abertura desse espaço, a escola ainda interveio na iluminação do local que receberá os futuros camarins (embaixo do palco) e na luz para trabalhar no palco, na limpeza e montagem de estruturas, por exemplo. Anteriormente, era preciso atravessar o palco no escuro para ligar a iluminação, considerada insuficiente. “Aproveitamos materiais que já estavam instalados e acrescentamos mais dois refletores que podem ser acionados nos dois acessos ao palco”, detalha Rodrigo.       

A um metro da parede de fundo do palco foi instalado um trilho na estrutura metálica aérea para a colocação de uma rotunda, pano de fundo para que os artistas passem de um lado para outro do palco sem serem notados pela plateia. Cortinas foram confeccionadas e colocadas de modo que permitam acesso também por uma abertura central. A cortina principal recebeu um reforço: antes aberta manualmente, agora funciona por meio de um motor de portão eletrônico, adaptado para o sistema de roldanas que permite o acionamento por botões. 

Em uma soma parcial, os gastos ultrapassam R$ 4 mil, ainda sem contabilizar alguns dos materiais e serviços. A instituição recebeu apoio da FCA, que se propôs a buscar uma solução para retornar, pelo menos, parte do valor investido, segundo Rodrigo. “Seremos anfitriões e fizemos tudo isso para que nossos dançarinos e músicos sejam bem acomodados. Não há por que retirar nada do que fizemos, creio que os artistas que se apresentarem na Casa das Artes de agora em diante serão beneficiados por essas mudanças”, avalia.

1º Ares de Dança

Os aniversários dos fundadores da escola, Angélica Di Marco e Rodrigo dos Santos, eram anualmente comemorados com um baile. Neste ano, a ideia é promover, pela primeira vez, o espetáculo Ares de Dança, que apresentará o trabalho realizado pela instituição. O evento está marcado para os dias 25 e 26 de setembro, a partir das 20h.

Reportagem: Priscila Pilletti


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