Animais de concreto custaram R$ 79,9 mil

Quem acompanhou o desfile cívico de Bento Gonçalves do ano passado deve ter reparado nos animais de concreto que ornamentavam os caminhões da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smmam). As estátuas que chamaram a atenção da população em breve serão instaladas nas praças Centenário e Vico Barbieri. A aquisição das obras custou R$ 79,940,00 aos cofres públicos, segundo edital da prefeitura de Bento Gonçalves publicado no Jornal do Comércio do dia 7 de julho de 2011. 

A iniciativa recebeu o nome de “Praça Viva”. Ainda não há previsão para que as estátuas sejam instaladas, devido à falta de alguns “acertos administrativos”, de acordo com o novo titular da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Adriano Nunes. A ideia de colocar as esculturas nas praças partiu do antigo secretário, Airton Minúsculi. Segundo Nunes, a inspiração veio de outras cidades da região, e inicialmente os animais seriam utilizados na educação ambiental.

Novidade desagrada à população

Na semana passada o Portal SERRANOSSA publicou a notícia de que as praças Centenário e Vico Barbieri passariam a ter animais de concreto. A iniciativa desagradou aos leitores, que fizeram duras críticas. “Essa patética história dos bichos nas praças nada tem a ver com nossa cultura a não ser desperdício de dinheiro público que poderia ter sido bem melhor investido em entidades que necessitam, em apoio à segurança pública ou em melhorias nas vias públicas, postos de saúde e etc”, disse Sidgrei Spassini. “Praça viva é praça com árvores, com sombra. Estão tirando as árvores e colocando bichos de concreto”, escreveu a leitora Mônica Pelizzer. “Enquanto isso o dinheiro do contribuinte paga o ‘capricho’. Só quero ver por quanto tempo vão ficar intactas essas estátuas espalhadas nas praças da cidade”, declarou Fernanda Deconto.

Solicitado pelo SERRANOSSA a comentar as reclamações, o secretário municipal do Meio Ambiente, Adriano Nunes, disse desconhecer as críticas, mas garantiu que comentaria o fato com a administração municipal.
 

Carina Furlanetto

 

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