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Animais também sofrem do coração

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Assim como os humanos, os cães e gatos de estimação precisam de cuidados voltados à prevenção de doenças, afinal, também estão sujeitos a sofrer de problemas cardíacos. A atenção deve ser maior após os seis anos de idade, uma vez que o envelhecimento facilita o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Sintomas muitas vezes simples, como tosses, devem ser verificados, pois podem ser sinal de complicações desse tipo.

Segundo a veterinária Daniela Lewgoy, de Porto Alegre, os cães são os que apresentam, com maior frequência, o processo de degeneração ou envelhecimento das válvulas cardíacas, que resultam em doença valvular crônica. Geralmente as raças de pequeno porte, como poodle, pinscher e yorkshire, com idade acima de seis anos, são as que têm maior predisposição a essas lesões. Outra doença cardíaca que pode afetar os cães é a cardiomiopatia dilatada, mais comum nos de grande porte, como dobermann, boxer, labrador e dogue alemão.

Apesar de serem menos propensos, a médica diz que os gatos não estão livres dos problemas cardíacos. A cardiomiopatia hipertrófica, por exemplo, é uma das doenças que pode afetar os felinos e preocupa em função da evolução ocorrer de maneira silenciosa, manifestando-se somente quando já se encontra na sua forma mais grave. Animais que costumam frequentar regiões de praia também podem contrair a dirofilariose, causada por um verme que se instala na artéria pulmonar e geralmente atinge o lado direito do coração. É transmitida por picada de mosquito.

Sintomas

De acordo com Daniela, um dos primeiros sintomas da cardiopatia é a tosse. “Muitas vezes esse sinal passa despercebido, pois em alguns casos se apresenta de forma branda e se assemelha a um engasgo, sendo erroneamente associado à ingestão de pelos ou do alimento”, alerta a médica.

Outros sintomas associados à doença cardíaca são: cansaço, intolerância ao exercício, respiração difícil, inchaço das patas e do abdômen, língua arroxeada ou azulada, desmaios ou tontura, convulsões, distúrbios no crescimento em filhotes e na performance de cães atletas.

Prevenção

A melhor forma de prevenir e tratar doenças cardíacas é solicitar ao veterinário que faça exames específicos durante as avaliações clínicas periódicas, que devem ser realizadas anualmente, mesmo que não existam sintomas aparentes. “Muitos distúrbios cardíacos evoluem de forma silenciosa e o exame clínico de rotina é útil no seu diagnóstico precoce”, alerta a veterinária. Os pacientes que já apresentarem sintomas devem ser submetidos à avaliação cardíaca, visando iniciar o mais rápido possível o tratamento, para retardar a evolução da doença.

Além de cuidados médicos, o amor é uma ótima terapia para o amigo de estimação.

 
Reportagem: Alexandra Duarte

 

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