Anticorpos contra COVID-19 duram pelo menos sete meses, mostra estudo

Um novo estudo norte-americano divulgado na terça-feira, 20/10, na publicação científica Immunity, revelou que os anticorpos da COVID-19 podem ter uma duração de até sete meses. Pesquisadores da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, acompanharam durante meses cerca de 6 mil pacientes infectados com o Coronavírus e descobriram que os anticorpos contra o Sars-CoV-2 podem continuar presentes no sangue por um período de, no mínimo, cinco a sete meses.

Recentemente, foram confirmados casos de pessoas reinfectadas que, de acordo com o jornal espanhol El País, apresentaram sintomas mais graves quando ficaram doentes pela segunda vez – exemplos que suscitam duvidas à comunidade científica quando se fala em imunidade.

Ao longo dos últimos meses, foram divulgados diversos estudos que mostravam que os anticorpos – proteínas do sistema imunitário que evitam que o vírus infecte as células do organismo – contra o Coronavírus iam diminuindo passados alguns meses após a infecção, principalmente em pessoas que apresentaram sintomas ligeiros.

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"O nosso estudo mostra que é possível gerar uma imunidade duradoura contra esse vírus", explicou ao jornal espanhol Deepta Bhattacharya, pesquisador da Universidade do Arizona e coautor do trabalho.

"Nas infeções moderadas que analisamos, a resposta de anticorpos parece bastante convencional. Os níveis dessas proteínas sobem primeiro, depois caem e no fim acabam por estabilizar", continuou. E quanto às reinfecções, o investigador explica que pode acontecer mas que são casos "excepcionais".

Quando um vírus infecta o corpo, o sistema imunológico produz células plasmáticas de curta duração, que produzem anticorpos para combater imediatamente o agente patogênico. Esses anticorpos aparecem no sangue, normalmente, até 14 dias após a infecção e, segundo o autor do estudo, alguns deles "são muito sofisticados", podendo memorizar um patogênico para sempre e desenvolver armas moleculares para o destruir, incluindo diferentes tipos de anticorpos de elevada potência.

Fonte: Agência Brasil

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