Após motim, oito presos são transferidos

Notícia atualizada em 28.09.12, às 11h10

O tumulto registrado no Presídio Estadual de Bento Gonçalves na tarde da última quinta-feira, dia 27, fez com que oito detentos, identificados como os líderes do motim, fossem levados para penitenciárias de Santa Maria e Passo Fundo. A transferência ocorreu horas depois do princípio de rebelião. Na manhã desta sexta, dia 28, funcionários da Susepe realizaram a retirada dos materiais quebrados e queimados. Pelo menos seis celas foram danificadas depois que os presos abriram buracos na parede, interligando-as. Duas ainda permanecem interditadas provisoriamente para reparos. Ninguém ficou ferido.

Apesar de o estopim ter sido a redução no tempo do banho de sol, após a fuga de um dos detentos, o delegado penitenciário regional, Roniewerton Fernandes, afirma que entre os motivos do tumulto também estava a demora no julgamento dos processos. “Depois que eles foram recolhidos, cerca de 20 a 30 apenados, de duas celas, se rebelaram, questionando a morosidade dos processos. Posteriormente, presos de outras celas também se envolveram na confusão e danificaram e quebraram celas”, relata. Fernandes estava no presídio no momento em que o motim começou, acompanhado do superintendente da Susepe, Gelson Treiesleben. Ambos haviam participado no início da tarde de uma reunião junto ao Ministério Público para tratar sobre questões relacionadas à penitenciária da cidade.

Ainda durante a noite de quinta, o Grupo de Operações Especiais da Susepe, de Porto Alegre, entrou na penitenciária, colocou os apenados no pátio, realizou a contagem deles e fez uma revista minuciosa nas celas. Foram danificadas paredes, grades, camas e chuveiros, além dos colchões, que foram incendiados. Consertos improvisados nas paredes, de modo a isolar novamente cada cela, foram feitos ainda na madrugada de sexta-feira.

A contenção dos apenados foi feita pela Susepe, com apoio de guarnições da Brigada Militar de Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa e Caxias do Sul, além de soldados do 12º Batalhão de Polícia Militar (12º BPM), que trouxeram cachorros. A segurança foi reforçada na parte externa do presídio por agentes da Polícia Civil e da Brigada Militar.

Reportagem: Katiane Cardoso

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