Após polêmicas, João Amoêdo anuncia desfiliação do partido NOVO
A crise entre Amoêdo e o partido que criou e financiou não é recente, mas aflorou quando o ex-bancário anunciou o voto em Lula (PT) no 2º turno da eleições presidenciais
O ex-banqueiro e ex-candidato à Presidência (2018) João Amoêdo não faz mais parte do NOVO, partido político que fundou e financiou desde 2011. Ele fez o anúncio pelas redes sociais nesta sexta-feira, 25/11.
Em uma série de tweets, Amoêdo trouxe os motivos que o distanciaram do partido que viu nascer. “Infelizmente, o NOVO, fundado em 2011 e pelo qual trabalhamos por mais de 10 anos, não existe mais”, escreveu.
Atualmente, o NOVO é presidido pelo empresário Eduardo Ribeiro, o qual também é forte crítico de Amoêdo, principalmente, após o ex-presidente do partido anunciar que votaria em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições presidenciais. Desde sua criação, o NOVO é forte crítico de Lula e dos governos petistas/de esquerda.
“O NOVO atual descumpre o próprio estatuto, aparelha a sua Comissão de Ética para calar filiados, faz coligações apenas por interesses eleitorais, idolatra mandatários, não reconhece os erros, ataca os Poderes constituídos da República e estimula ações contra a democracia”, pontuou Amoêdo.
Quando lançado, o NOVO anunciava ser um partido que fugiria da “velha política”, com regras como um processo seletivo para decidir quem seriam seu candidatos à cargos públicos.
Na eleição deste ano, o candidato à Presidência do Brasil foi Felipe D’Ávila, que teve 559.708 votos, somando 0,47%. O partido elegeu oito deputados (cinco estaduais e três federais – um de cada no RS), além da reeleição de Romeu Zema como governador de Minas Gerais.
“Esse NOVO, definitivamente, não me representa. Neste cenário, seria incoerente permanecer em um partido com o qual tenho diferenças de visão, de propósito e de conduta”, continuou.
Ao final da sua série de tweets, o ex-bancário afirmou que o fato de sair partido não o exclui da vontade de ajudar o Brasil.
Até o momento, nem o NOVO nem o seu presidente Eduardo Ribeiro comentaram sobre a desfiliação de Amoêdo.