Após redução de pacientes graves, cirurgias oncológicas são retomadas no Tacchini

O superintendente do Hospital Tacchini, Hilton Mancio, anunciou nesta quinta-feira, 01/04, durante coletiva de imprensa, a retomada gradual das cirurgias oncológicas. Os procedimentos haviam sido suspensos na semana passada por conta do esgotamento de medicamentos essenciais para atendimento de pacientes graves. Nesta semana, entretanto, a redução de pacientes críticos internados no hospital e a consequente redução na utilização de remédios possibilitou que os procedimentos cirúrgicos fossem retomados gradativamente na quarta-feira, 31/03. No total, 40 cirurgias haviam sido suspensas.

Atualmente, conforme informações divulgadas durante a coletiva, o Tacchini atua com 54 pacientes em leitos críticos – 44 estão acometidos pela COVID-19, sendo que 26 ainda seguem em isolamento respiratório. O número abaixo de 60 pacientes em UTI foi registrado pela primeira vez nos últimos dias, após quase um mês de operação acima dessa marca.
Além dessa redução e da também diminuição do uso de medicamentos, a direção do Hospital Tacchini afirma que a retomada das cirurgias está ligada ao recebimento de um pequeno lote de remédios nesta semana e a projeção de novos recebimentos nos próximos dias. “Foi uma entrega parcial, que deverá dar fôlego de dois ou três dias nos atendimentos. Mas a ansiedade é tão grande para retomar cirurgias oncológicas que pegamos essas informações e fizemos a projeção de que, em 15 dias, vamos tentar retomar gradativamente e com critérios muito técnicos, para resolver essas primeiras 40 cirurgias que tinham sido suspensas”, anunciou Mancio.

Conforme a diretora de divisão hospitalar, Roberta Pozza, a retomada será feita priorizando os pacientes que têm possibilidade de agravamento. “Nos debruçamos a semana inteira para fazer um desenho sério para que conseguíssemos cumprir esse agendamento, porque nosso time sofre junto com os pacientes e com as famílias”, pontuou.

Mesmo assim, o Tacchini ressalta que a manutenção dos procedimentos cirúrgicos depende de diversas variáveis. “Se aumentar a demanda e se falhar a entrega de medicamentos, isso pode interferir e atrapalhar a estratégia. Mas por enquanto está dando tudo certo”, afirma Mancio.

Taxa de pacientes salvos

Dados preliminares referentes ao mês de março, conforme divulgado pelo Tacchini, apontaram uma taxa geral de 82% pacientes salvos na estrutura hospitalar, dentre os 250 atendidos no período. Em relação aos pacientes internados em UTI, o percentual ficou em 72% – uma taxa de mortalidade de 28.18%. “É um número excelente comparado ao desempenho da Macroserra, do RS e do Brasil. É resultado de esforços de assistência e atenção de todos os membros da nossa equipe e do hospital como um todo”, analisou Roberta. A diretora ainda destacou a redução de atendimentos na barraca Fast Track. “Estamos otimistas”, disse.