Após resultados históricos, BGF segue desamparado
Sob a gestão de empresários apaixonados pelo futsal, o BGF nasceu com o propósito de colocar Bento novamente no cenário estadual e, em quatro anos, superou as projeções mais otimistas. Os históricos resultados dentro da quadra, porém, ainda não propulsaram a realidade fora das quatro linhas.
Segundo o presidente Gildinei Ferreira (foto), 99% dos custos para a manutenção da equipe – cerca de R$ 20 mil – ainda são bancados pelos fundadores e diretores. O clube tem, atualmente, apenas um patrocinador na camisa.
Os dirigentes não escondem a inquietação. Quando o BGF nasceu, sabia-se que o início seria complicado e que o investimento teria que partir do bolso dos próprios fundadores até que os resultados fossem aparecendo. As vitórias vieram, o time subiu de divisão e, mais do que isso, encerrou os últimos dois anos como o terceiro melhor do Estado. Fora de quadra, no entanto, nada disso agregou. “As pessoas queriam que a cidade voltasse a ter um time de futsal e nós topamos o desafio, iniciamos um projeto e o BGF está divulgando muito bem o nome de Bento. Mas infelizmente a comunidade está deixando a desejar”, afirma Ferreira.
Ele ressalta que, desde 2009, a direção tem batido na porta dos empresários apresentando seu planejamento estratégico, mas o suporte que possibilitaria ao clube dar passos ainda maiores parece cada vez mais distante. Ferreira também queixa-se da falta de apoio do Poder Público. “Nos prometeram auxílio, mas até hoje não tivemos nenhum apoio, com exceção do ginásio e do transporte, o que é pouco. Talvez eles não possam nos ajudar, mas acho que poderiam abrir portas, direcionar um caminho”, salienta o presidente, ressaltando que os dirigentes estão cada vez mais desgastados. “Em Bento é complicado fazer esporte, não é apenas o futsal que tem dificuldades, outros clubes também têm. Eu acredito muito no projeto de continuar divulgando o nome da cidade através do futsal, mas se a atual situação não mudar, infelizmente a coisa vai desandar”, desabafa.
É como se a “equipe” BGF superasse obstáculos e alcançasse novos patamares ano após ano, enquanto que o “clube” BGF, em contrapartida, continuasse estagnado. A competência dos dirigentes para fazer muito com pouco, até agora, tem se mostrado o bastante para manter a escalada do clube, mas logo, tudo indica, somente esta expertise não será suficiente.
Time folga na rodada
O BGF folgará na abertura do segundo turno da fase classificatória da Série Ouro, neste final de semana, e voltará à quadra somente no dia 8, contra a líder Alaf, em Lajeado.
O time encerrou participação no primeiro turno diante do São Luiz Gonzaga e manteve a rotina de resultados negativos fora de casa com nova derrota, dessa vez por 3 a 1. Em quatro jogos longe de seus domínios, o BGF sofreu quatro derrotas. A situação na tabela poderia ser ainda mais delicada não fosse o bom aproveitamento em Bento, onde o clube soma três vitórias em quatro jogos.
Para avançar à segunda fase e espantar qualquer risco de rebaixamento, o clube estima alcançar 100% de aproveitamento em casa e somar pelo menos três pontos fora no segundo turno. Com isso, encerraria a fase com 50% de aproveitamento e teria chances razoáveis de se livrar do Z4.
Série Ouro – 10ª rodada
Sexta-feira, dia 31
Assaf x Santo Ângelo
Sábado, dia 1º
Sobradinho x Cachoeira
São Luiz Gonzaga x Alaf
Sananduva x Afusca
Reportagem: João Paulo Mileski
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