Apresentado estudo sobre transporte coletivo

A prefeitura apresentou, na manhã dessa quinta-feira, dia 22, resultados do estudo realizado pela empresa RS Consultoria sobre o transporte coletivo urbano de Bento Gonçalves. A análise apontou que o principal problema enfrentado no município é a falta de linhas de integração, o que evitaria os transtornos causados aos usuários que se deslocam de bairros mais distantes do centro da cidade. “Algumas rotas possuem até 22 quilômetros de extensão, obrigando os usuários passarem quase uma hora dentro do ônibus para chegar ao destino”, explica Heber Moacir dos Santos, secretário de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana (SMURB).

Atualmente o transporte coletivo da cidade conta com 67 ônibus para linhas convencionais e seis micro-ônibus seletivos, atendendo, por dia, aproximadamente 25 mil pessoas. “Diferente até do que eu pensava, toda a cidade está coberta pela rede de ônibus, mas falta adequação da frequência e dos trajetos por eles percorridos”, relatou Santos.

O edital para contratação da empresa responsável pelo transporte público deve ser realizado ainda no primeiro trimestre do próximo ano. “Até o dia 15 de janeiro, será entregue o caderno de sugestões feito pela empresa. Depois disso, haverá uma audiência pública e as sugestões levantadas serão analisadas e detalhadas no edital”, descreve o secretário.

O prefeito Roberto Lunelli destacou que, além da ampliação do itinerário e implantação da passagem integrada, algumas melhorias devem ser realizadas, como a padronização das paradas de ônibus, implantação de sistema de ar-condicionado nos coletivos, sistema de telefone, televisão e internet. “Nosso objetivo é implantar em Bento Gonçalves um sistema de transporte público que seja modelo de qualidade pelo menor preço”, enfatizou.

Entenda o caso

Em 2003, o então prefeito Darcy Pozza renovou por 20 anos o decreto que concede o serviço de transporte público às empresas Bento e Santo Antônio, desrespeitando a Lei de Licitações que obriga a abertura de processo licitatório para a prestação de serviços públicos. Devido a essa decisão, em 2007, o Ministério Público começou a investigar a ausência de licitação no transporte coletivo em Bento Gonçalves. Concluído o inquérito no final do ano de 2010, o MP determinou que fosse realizada, no prazo de seis meses, abertura de edital para contratação das empresas responsáveis pelo transporte. A prefeitura alegou que antes seria preciso a realização de um estudo para analisar as necessidades do sistema.

Principais sugestões do estudo

*Implantação de integração tarifária;

*Reavaliação do molde atual de operação do sistema seletivo;

*Reavaliação da linha Integração ao baixo aproveitamento;

*Implantação de infraestrutura para priorização do transporte coletivo;

*Localização dos terminais centrais e qualificação geral dos equipamentos existentes;

*Aperfeiçoamento gerencial do órgão gestor para planejamento e fiscalização dos serviços.

 

Carina Furlanetto

Katiane Beal Cardoso


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