Argentinos relatam trabalho análogo à escravidão em colheita da maçã na Serra de SC
Para a Polícia Militar, o contratante do grupo afirmou que pagou o valor de R$ 4.920 para cada empregado, mas que depois de descontos, o valor foi reduzido para R$ 100
Quatro argentinos denunciaram à Polícia Militar que estavam sendo vítimas de trabalho análogo à escravidão na colheita de maçã em Urubici, na Serra de Santa Catarina.
A denúncia foi feita no sábado, 03/01, quando as vítimas fugiram da propriedade rural, procuraram a PM e afirmaram receber salário inferior ao combinado.
De acordo com o grupo, outras sete pessoas viviam na mesma situação, mas ficaram com medo de fugir do estabelecimento.
Para a Polícia Militar, o contratante do grupo afirmou que pagou o valor de R$ 4.920 para cada empregado, mas que depois de descontos, o valor foi reduzido para R$ 100.
Um homem de 49 anos apontado como responsável pela propriedade rural foi localizado pelos militares e foi encaminhado à Polícia Federal em Lages, na mesma região. Ele foi ouvido, assim como os argentinos.
Por conta de divergências nos depoimentos, não ficou caracterizado o flagrante pelo crime, segundo a PF. O órgão irá investigar o caso.
A prefeitura foi acionada e irá prestar auxílio a nove argentinos que saíram do local com a ajuda da PM.