Arquiteto apresenta a Arena Farrapos

Era para ser apenas um projeto de conclusão de curso, mas o que o arquiteto Ramon Pott fez foi mexer com o imaginário dos amantes de rugby de todo o Brasil. Morador de Teutônia, o então estudante, formado em julho deste ano pela Univates, de Lajeado, criou o primeiro projeto de estádio do país dedicado exclusivamente para o esporte e o batizou de “Arena Farrapos”. 

Apreciador do esporte há alguns anos, ele resolveu criar o projeto pensando na carência de estrutura do rugby no país. “Fui em busca de um clube de expressão aqui no Rio Grande do Sul e vi no Farrapos e em Bento o clube e a cidade ideais para aplicar o projeto. Fui assistir uma partida do clube pelo Gauchão e iniciei contato com o presidente Tito Flores. Eles me mostraram a estrutura do estádio, a história do clube e acabei virando, além de tudo, um torcedor”, lembra. 

Com capacidade para 12 mil espectadores sentados, o estádio prevê ainda mil vagas de estacionamento no subsolo, área administrativa, camarotes, sala de imprensa, bares, academia, fisioterapia e sanitários. As dimensões da Arena Farrapos são completamente adaptáveis ao terreno onde hoje está localizado o Estádio da Montanha, na avenida Osvaldo Aranha. O investimento necessário para fazer o sonho virar realidade ainda não foi calculado.

Mesmo sem qualquer previsão de que o projeto possa sair do papel, Pott recebeu uma série de elogios e questionamentos sobre o projeto, principalmente depois que a ideia foi propagada pela página do Farrapos no Facebook. “Recebi vários e-mails de pessoas de diversos lugares do Brasil. A repercussão tem sido muito boa”, descreve.


Tito pés no chão

Mesmo feliz com o projeto, o presidente do Farrapos, Tito Flores, afirma que o clube tem outras necessidades a curto e médio prazo. Entretanto, ele acredita que o projeto coloca Bento à frente dos outros clubes no momento em que o país decidir investir no esporte. “Se formos pensar objetivamente, faz falta um estádio só para a modalidade. Mas este é um projeto que ultrapassa os interesses do clube”, avalia. 

Troca de eixo

O projeto de Ramon Pott foi tão longe que chegou até as mãos do presidente da Confederação Brasileira de Rugby (CBRu), Sami Arap. De acordo com ele, a viabilização da Arena Farrapos significaria uma mudança do eixo de desenvolvimento do rugby no Brasil. “Depois de São Paulo, o Rio Grande do Sul é o Estado onde o esporte cresce de forma mais ordenada. Com certeza o estádio seria utilizado como centro de desenvolvimento de Seleções Brasileiras. Além disso, haveria uma facilidade de intercâmbio com clubes e seleções da Argentina e do Uruguai em função da localização geográfica”, argumenta. 

De acordo com Arap, o caminho menos complicado para garantir a viabilidade do projeto é a criação de parcerias com outros clubes, com a Federação Gaúcha de Rugby, com os governos municipal, estadual e federal e com a iniciativa privada. Ele ainda garantiu o apoio da Confederação. “A CBRu também tem condições de apoiar o projeto seja direta ou indiretamente. Temos contatos que podem ajudar nesse projeto desafiador”, completa.

Reportagem: Alexandre Brusa

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