Asfalto precário dificulta acesso a empresas
Rota para uma importante zona industrial do município, a rua Arlindo Franklin Barbosa, que liga os bairros São Roque e Pradel, tem sido – pelo menos nos últimos dois anos – um grande incômodo para quem trafega pelo local. Diariamente, funcionários de empresas e motoristas que carregam matéria-prima e a produção de fábricas precisam encarar uma sequência de buracos no asfalto e o perigo de transitar em uma via que é considerada incapaz de suportar o fluxo a que é submetida, principalmente de caminhões.
Em junho de 2011, a mesma rua chegou a ser elencada como uma das prioridades do Orçamento Participativo (OP), modelo de definição de investimentos adotado pelo governo anterior. A prefeitura teria, inclusive, garantido o início de obras de melhoria já no ano seguinte. Desde então, porém, apenas trabalhos de tapa-buracos foram executados no trecho.
Um dos primeiros a se instalarem na região, há quase uma década, Noeli Premaor, diretor da transportadora 3N, afirma que os contatos por telefone com a secretaria municipal de Viação e Obras Públicas têm sido frequentes, mas ainda sem garantia de uma intervenção mais significativa do Poder Público. “Fica sempre como uma promessa para o ano que vem. No mínimo, teria que começar logo um recapeamento, mas algo bem feito. Porque, até agora, nem o tapa-buracos tem sido bom, eles até usam asfalto usinado, mas quando chega aqui está frio. É como tratar um dente. Se tem capricho, ele dura. Se não tiver, vai abrir de novo”, avalia.
As ligações para o “Fala Cidadão”, canal de atendimento telefônico da administração municipal à população, também se tornaram constantes por parte de representantes da Dalla Costa. Há alguns dias, Álan Charlei Basso, funcionário do departamento comercial da fábrica de móveis, enviou ao SERRANOSSA uma série de fotografias registradas após chuvas na área. Com as crateras abertas na estrada, grandes poças se formam, piorando ainda mais a situação da via. “Eles vêm aqui, tapam e, em menos de 20 dias, os buracos abrem de novo. É uma vergonha, esse asfalto tem 7 anos, mas teria que durar 20”, reclama. De acordo com ele, há pouco mais de dois meses, o secretário Valdir Possamai foi até o local e afirmou que o governo não teria recursos suficientes para recuperação do pavimento e novos investimentos em infraestrutura.
Projeto audacioso
Segundo o diretor comercial da Brastubo, João Carlos Zauza, a proposta de revitalização apresentada pela prefeitura há cerca de dois anos e meio, previa, além de uma nova camada asfáltica, calçadas nos dois lados, reforço na iluminação pública e obras no sistema de esgoto. “Era um projeto bem audacioso, mas ainda não vimos nada. Se for feito, melhor, mas um asfalto novo já amenizaria bastante o nosso problema. Nós acabamos danificando os carros passando por ali todo dia”, aponta Zauza.
O que diz a prefeitura
O secretário de Viação e Obras Públicas, Valdir Possamai, afirma que, para 2014, estão previstas intervenções apenas no trecho da Arlindo Franklin Barbosa que hoje é coberto por paralelepípedos, que receberá pavimentação asfáltica e calçada nos dois sentidos. Para as obras, a prefeitura conta com a liberação do primeiro lote do pacote de R$ 50 milhões em financiamentos para a mobilidade urbana, solicitado junto ao Plano de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2), do governo federal.
A parte que dá acesso às empresas, entretanto, ainda não tem nenhuma solução encaminhada. “O que foi feito ali, no passado, não foi dimensionado de acordo com o movimento e o peso que a rua recebe hoje. Agora, vamos ter que buscar uma alternativa caseira, mas ainda estamos focados em várias outras ruas que estão com problemas causados pelas chuvas. Em muitas delas, tem tubulação de esgoto aberta, nem dá para trafegar”, justifica Possamai.
Reportagem: Jorge Bronzato Jr.
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