Assalto, reféns e pânico em Cotiporã

Notícia atualizada em 30.12.12, às 23h20

As nove pessoas que haviam sido sequestradas por um bando de assaltantes na madrugada deste domingo, dia 30, foram libertadas no final da noite. Elas estavam na localidade de Santa Lúcia, a cerca de cinco quilômetros de onde foram levadas durante um assalto a uma joalheria no centro de Cotiporã. Seis mulheres, dois homens e uma criança estavam em poder dos bandidos e passam bem. Ainda não há informações sobre os bandidos sobreviventes – três morreram em confronto com a polícia. A operação de resgate contou com mais de 120 policiais de diversas regiões do Estado e foi realizada por ar, terra e água com ajuda de helicópteros e cães farejadores. Das nove pessoas, sete são da mesma família e estavam em casa, na linha 14 de Julho (comunidade rural entre Bento Gonçalves e Cotiporã) na hora em que foram levadas pelo bando.

Saiba mais

Um assalto a uma fábrica de joias levou pânico à comunidade de Cotiporã, que fica a cerca de 30 quilômetros de Bento Gonçalves. Os assaltantes chegaram por volta das 2h deste domingo, dia 30, e fizeram reféns clientes de um bar localizado no centro da cidade. Segundo a Brigada Militar, eles seguiram para a fábrica, onde explodiram o prédio com ajuda de dinamite – foram ouvidas pelo menos dez explosões – e levaram alguns funcionários como reféns. Ainda não se sabe o quanto foi levado, mas parte do material foi localizada em um matagal durante as buscas.

Um grupo entre os 30 reféns levados pelos bandidos foi liberado ainda durante a madrugada, mas nove pessoas serviram de escudo para os assaltantes. Durante a fuga, três bandidos foram mortos, entre eles Elisandro Rodrigo Falcão, de 31 anos, considerado o foragido número 1 do Rio Grande do Sul. Dois policiais que atuam em Caxias do Sul ficaram feridos durante a troca de tiros, mas não correm risco de morte.

O bando de Falcão seria responsável, segundo a Polícia Civil, por explosões a caixas eletrônicos de Picada Café, Nova Bassano, Fagundes Varela e Jaquirana, além de um assalto recente ao pedágio de Vacaria, entre outros crimes. Com os assaltantes mortos foram encontrados um fuzil (7.62), três pistolas (calibres .45, 380 e 9mm) e um revólver .38, além de coletes à prova de bala, dezenas de cartuchos e miguelitos (ferros torcidos usados para furar pneus de veículos em movimento).

Os órgãos de segurança do Estado estavam mobilizados graças a informações obtidas pelo setor de inteligência da Brigada Militar. Os policiais sabiam que haveria um ataque na região durante o final de semana, mas não tinham conhecimento do local escolhido pelo bando. Em função disso, equipes que estavam na Operação Golfinho foram designadas para ficar de plantão na Serra, o que possibilitou uma intervenção rápida.

Reportagem: Greice Scotton

É proibida a reprodução, total ou parcial, do texto e de todo o conteúdo sem autorização expressa do Grupo SERRANOSSA.

Siga o SERRANOSSA!

Twitter: @SERRANOSSA

Facebook: Grupo SERRANOSSA

O SERRANOSSA não se responsabiliza pelas opiniões expressadas nos comentários publicados no portal.