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Até que ponto ser ansioso é normal?

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A ansiedade é uma reação normal do ser humano diante de situações que podem provocar medo, dúvida ou expectativa. No entanto, quando esse sentimento persiste por longos períodos de tempo e passa a interferir nas atividades do dia a dia, a ansiedade deixa de ser natural e passa a ser motivo de preocupação. Esse, na verdade, é o principal sintoma do Transtorno da ansiedade generalizada (TAG), um distúrbio caracterizado pela “preocupação excessiva ou expectativa apreensiva”, de acordo com a quarta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV).

Tal como acontece com muitas condições de saúde mental, não se sabe ao certo o que causa o TAG. Acredita-se, porém, que ele esteja diretamente relacionado a alguns neurotransmissores que ocorrem naturalmente em nosso cérebro, a exemplo da serotonina, dopamina e norepinefrina. Outra crença é a de que um conjunto de fatores esteja envolvido nas razões pelas quais um indivíduo possa vir a apresentar a doença, entre eles genética e influências externas, como o estresse do dia a dia e a qualidade de vida da pessoa. Algumas condições físicas também podem ser associadas à ansiedade. Os exemplos incluem: doença do refluxo gastroesofágico, doenças cardíacas, hipotireoidismo e hipertireoidismo e menopausa. Entre os fatores de risco estão gênero (mais do que o dobro do número de casos de transtorno de ansiedade generalizada ocorre em mulheres), trauma na infância e doenças concomitantes – ter uma condição crônica de saúde ou doença grave, como o câncer, pode levar à constante preocupação com o futuro, ao tratamento e questões financeiras. Estresse do dia a dia pode desencadear o transtorno também, além do abuso de substâncias como drogas, álcool, cafeína e nicotina.
 
Sintomas 
O principal sintoma do transtorno de ansiedade generalizada é a presença quase permanente de preocupação ou tensão, mesmo quando há poucos motivos ou quando não existe um motivo algum para isso. As preocupações parecem passar de um problema para outro, como questões familiares, amorosas, relacionadas ao trabalho, à saúde ou de várias outras origens.
Mesmo quando as pessoas com esse transtorno têm consciência de que suas preocupações ou medos são mais fortes do que o necessário, elas ainda têm dificuldade para controlar essas reações. Outros sintomas incluem dificuldade de concentração, fadiga, irritabilidade, problemas para adormecer ou para permanecer dormindo, sono que raramente é revigorante e satisfatório, inquietação, tensão muscular (tremedeira, dores de cabeça), problemas de estômago, náusea ou diarreia.

Ajuda médica
Quando a ansiedade passa a ser persistente e fora de seu controle, é bom marcar uma consulta médica, especialmente se a preocupação excessiva interferir no trabalho ou em relacionamentos, se houver sintomas de depressão, de alcoolismo ou de dependência química e se a pessoa tiver pensamentos suicidas.
Preocupações derivadas do transtorno de ansiedade generalizada não desaparecem por conta própria – pelo contrário, elas só tendem a piorar. Por isso, tratamento e suporte médicos são imprescindíveis. Entre as especialidades que podem diagnosticar o transtorno da ansiedade generalizada estão clínica médica, psiquiatria e neurologia. 
Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar tempo. Dessa forma, você pode chegar à consulta com algumas informações: uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram, histórico médico e medicamentos ou suplementos que tome com regularidade.

Qual o seu nível de ansiedade?

Dê valor às afirmações abaixo conforme a frequência que você se percebe nestas situações:

1 ponto: nunca ou raramente
2 pontos: às vezes
3 pontos: frequentemente

Afirmações:

(   ) Preocupo-me demais. Com os compromissos, com as pessoas etc.
(   ) Tenho dificuldade de focar no presente. O que vem pela frente parece mais importante.
(   ) Antecipo problemas futuros. As coisas não deram errado ainda, mas eu espero o pior.
(   ) Evito situações novas ou diferentes. Fico desconfortável e não gosto de me arriscar muito.
(   ) Tenho hiperventilação. A quantidade de ar nos pulmões aumenta sem motivo aparente.
(   ) Penso em possíveis desgraças que podem me ocorrer.
(   ) O foco do meu pensamento é o futuro. E como ele demora a chegar.
(   ) Sinto meus músculos tensos. Mesmo sem exercício e esforço, sinto dores pelo corpo.
(   ) Considero-me uma pessoa ansiosa. Acho que faz parte da minha personalidade.
(   ) Evito entrar em um local onde pessoas estão conversando. Não quero ser o foco das atenções.

Resultados:

Até 12 pontos – Você consegue se manter presente. Assim, preserva seu bem-estar físico e mental.
De 13 a 21 pontos – Você tem algumas características de pessoa ansiosa. Reprograme-se para se concentrar no que acontece agora e pratique técnicas de relaxamento que possibilitem monitorar reações.
Mais de 21 pontos – Sua ansiedade deve estar comprometendo sua qualidade de vida. Aprenda a reestruturar os pensamentos negativos e pratique técnicas de relaxamento. Se a ansiedade interferir no desempenho, considere buscar ajuda profissional. 

Fonte: Ana Maria Rossi, Presidente da International Stress Management Association no Brasil

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