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Atenção no coração: os diferentes tipos de arritmia cardíaca

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Esses distúrbios podem se manifestar como batimentos muito rápidos (taquicardia) ou muito lentos (bradicardia)

Atenção no coração: os diferentes tipos de arritmia cardíaca
Foto: Freepik

As arritmias cardíacas são distúrbios que afetam o ritmo do coração e podem trazer sérias consequências para a saúde. Elas ocorrem quando os impulsos elétricos que regulam os batimentos cardíacos não funcionam corretamente, fazendo com que o coração bata de forma irregular. Esses distúrbios podem se manifestar como batimentos muito rápidos (taquicardia) ou muito lentos (bradicardia).

“O coração é um músculo que precisa de impulsos elétricos para bombear o sangue, com células específicas responsáveis por gerar e conduzir essa energia. Em uma arritmia, outros grupos celulares passam a realizar essa função, gerando um desequilíbrio na mecânica contrátil do órgão”, explica o cardiologista Muhieddine Omar Chokr.

Dados da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas apontam que no Brasil mais de 20 milhões de pessoas sofrem da doença, gerando mais de 320 mil mortes súbitas por ano. O tema ganhou destaque recentemente com a morte de Juan Manuel Izquierdo, jogador do Nacional do Uruguai, que passou mal em campo durante uma partida disputada em São Paulo e faleceu poucos dias depois. 

No mês em que é celebrada a campanha ‘Setembro Vermelho’, de conscientização sobre a importância de cuidar do coração e de prevenir e tratar doenças cardiovasculares, o especialista explica que existem diferentes tipos de arritmia.

A fibrilação atrial é caracterizada por batimentos irregulares nos átrios e aumenta o risco de acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca; a fibrilação ventricular, que impede o coração de bombear sangue de forma eficaz e necessita de intervenção imediata, podendo levar à morte em poucos minutos; e a taquicardia ventricular, que pode ter um caráter benigno ou maligno, dependendo de doenças cardíacas associadas, onde ocorrem batimentos acelerados nos ventrículos e pode ser fatal se não tratada rapidamente.

Já a taquicardia supraventricular pode acometer inclusive a população mais jovem, em uma condição que, embora seja muito sintomática, com frequências cardíacas próximas a 200 batimentos por minuto, tem um caráter benigno na maioria das vezes e geralmente pode ser curada com ablação; e por fim, a bradicardia, que apresenta uma frequência cardíaca anormalmente lenta.

Os sintomas de arritmias variam de pessoa para pessoa e podem incluir palpitações, tonturas, falta de ar, dor no peito e até perda de consciência em casos mais graves. 

Existem fatores de risco para o desenvolvimento de arritmias, como histórico familiar de doenças cardíacas, idade avançada, hipertensão, diabetes, obesidade, consumo excessivo de álcool, tabagismo ou condições como apneia do sono.

Para diagnosticar as arritmias são utilizados exames como eletrocardiograma (ECG), holter de 24 horas, teste de esforço, uso de relógios que registram o eletrocardiograma, e estudo eletrofisiológico em casos selecionados. “A partir desses testes, é possível determinar o tipo de arritmia e o tratamento mais adequado”, destaca o médico.

Os tratamentos para arritmias cardíacas incluem medicamentos, implantação de dispositivos como marcapasso ou desfibrilador – que ajudam a regular os batimentos mecanicamente –, e procedimentos cirúrgicos.

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